Iniciativa da Federação Portuguesa pela Vida decorreu em 12 cidades, nomeadamente em Lisboa
Lisboa 29 mar 2025 (Ecclesia) – A Federação Portuguesa pela Vida promoveu hoje caminhadas em 12 cidades do país para afirmar a defesa da vida.
A “Caminhada pela Vida” decorreu na tarde deste sábado em Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Faro, Funchal, Guarda, Lamego, Lisboa, Porto, Santarém, Viseu e foi uma manifestação pública “por todas as vidas humanas”, para “defender todos os seres humanos, principalmente, os mais fracos e os mais vulneráveis”, este ano em contexto pré-eleitoral.
“E até neste contexto agora pré-eleitoral, especialmente importante, que as ruas se encham de pessoas a dizer aos políticos e ao governo que nós necessitamos que a vida humana seja protegida e seja amparada”, disse António Pinheiro Torres à Agência ECCLESIA.
A iniciativa, segundo o vice-presidente da Federação Portuguesa pela Vida, que promove a caminhada nas várias cidades do país, transmite a mensagem “da afirmação do valor da vida humana, do testemunho de um povo que todos os dias tenta ajudar as pessoas que se encontram em dificuldade e as famílias que se encontram perante situações” em que é necessária “ajuda para que a vida nasça ou então que a vida se conserve”.
Ao longo da “Caminhada pela Vida”, que em Lisboa começou na Praça Luís de Camões e terminou em frente à Assembleia da República, centenas de pessoas, nomeadamente jovens, expunham mensagens em defesa da vida, como “Sou pela vida”, “Escolhe a Vida”, “Sempre pela vida” e “Vida sim, aborto não”.
“Enquanto houver uma mulher que aborta porque não tem quem a apoie, nós continuaremos a sair à rua”, referiu à Renascença José Seabra Duque, coordenador-geral da Caminhada Pela Vida.
O responsável desejou que na nova legislatura não seja alargado o prazo para a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) e exigiu “medidas de apoio concretas às grávidas em dificuldade”, além de insistir na revogação da lei da eutanásia.
“Gostava de ouvir todos os partidos a pronunciar-se sobre estes temas, gostávamos que a defesa da vida fosse uma causa transversal a todos os partidos”, afirmou organizador.






No Porto, centenas de pessoas percorreram as ruas da cidade, como aconteceu também em Braga, numa iniciativa organizada pela Associação “In Familia”.
“O que nós defendemos é a vida desde a sua conceção até à morte natural. Este ano vamos focar especialmente na questão da deficiência, uma vez que sabemos que há uma grande percentagem de diagnósticos pré-natais em que resultam em aborto e, para nós, todas as pessoas são dignas, independentemente da sua condição. Sejam portadores de deficiência ou não, sejam doentes ou não, sejam novos ou velhos, independentemente das suas condições, todas as pessoas têm a sua dignidade. E é a dignidade humana, que assenta no facto de ser pessoa e não nas suas caraterísticas pessoais”, frisou Eva Almeida, em declarações ao ‘Diário do Minho’.
Já em Viseu, a Associação de Defesa e Apoio à Vida (ADAV) levou 600 pessoas às ruas da cidade.
“Cada pessoa, tal como é, nas suas circunstâncias e no seu envolvimento, tem idêntica dignidade, por isso, afirmamos que a vida humana é inviolável e este Valor Maior não pode ser subjugado a ideologias e a leis que tentam desresponsabilizar a sociedade pelos que estão a sofrer, os mais fracos e sem voz, os indefesos e suscetíveis a decisões imponderadas. Há urgência em criar leis de apoio e incentivo à natalidade e ao início de vida, assim como devem ser organizadas e colocadas em funcionamento, em quantidade e qualidade, para as situações de fim de vida”, refere uma nota enviada à Agència ECCLESIA.
HM/LJ/PR/OC