Conclusão retirada da obra «O Ensino Privado nas Décadas de 50, 60 e 70 do Século XX – O Contributo das Escolas Católicas»
Lisboa, 20 set 2012 (Ecclesia) – O secretário-geral da Associação Portuguesa das Escolas Católicas (APEC) considera que as escolas privadas, confessionais e não confessionais, tiveram um papel essencial na “democratização do ensino” em Portugal.
“Foi muito devido ao contributo do ensino particular e das escolas católicas e de matriz cristã que se conseguiu educar e promover a cultura em muitas populações, em muitos lugares do país onde não havia liceus”, realça Jorge Cotovio, em declarações à Agência ECCLESIA.
O responsável da APEC lançou terça-feira, em Lisboa, uma obra sobre a importância das escolas particulares, intitulada “O Ensino Privado nas Décadas de 50, 60 e 70 do Século XX – O Contributo das Escolas Católicas”.
O livro, que resultou de uma tese de doutoramento, demonstra que as escolas privadas espalharam-se rapidamente e foram bem-sucedidas porque “eram muito baratas” e “recebiam toda a gente, os ricos e os pobres”.
Há 40 anos, “60 por cento dos alunos que estavam no ensino liceal frequentavam escolas privadas, havia unicamente 40 instituições públicas no país inteiro para mais de 400 colégios particulares, por aqui conseguimos ver a abrangência e o impacto que o ensino privado teve a nível nacional”, aponta Jorge Cotovio.
O responsável educativo dá “especial” destaque aos estabelecimentos de ensino ligados à “Igreja Católica”, geridos por congregações ou dioceses, e a “muitas outras escolas de matriz cristã”.
Muitos dos alunos que frequentavam aquelas instituições tinham também bolsas de estudo e beneficiavam de uma redução de propinas.
Uma componente solidária e humanista que, segundo o secretário-geral da APEC, continua a ser desenvolvida e aplicada os dias de hoje.
“A escola católica faz parte da missão salvífica da Igreja, como diz o magistério da Igreja, portanto a Igreja tem a missão de ensinar, é o desafio lançado há dois mil anos por Jesus Cristo, ide e ensinai por todo o mundo”, salienta.
Para o docente, os valores defendidos pelas escolas católicas “têm hoje um papel fundamental na sociedade, até na viragem para um novo paradigma” no processo educativo.
Um paradigma onde “os pais possam escolher a escola que desejam para os seus filhos, sem entraves financeiros ou de outra ordem, quer seja escola estatal, confessional ou não confessional”, esclarece Jorge Cotovio.
JCP