Portugal: Escolas Católicas preocupadas com o «futuro»

Em causa estão problemas como a «progressiva diminuição do número de alunos»

Lisboa, 11 jul 2014 (Ecclesia) – A Associação Portuguesa de Escolas Católicas defende no seu programa de trabalho para o próximo ano uma “reflexão” à situação atual dos estabelecimentos de ensino privado tutelados pela Igreja e espalhados por todo o país.

No documento divulgado na sua página oficial, a APEC faz menção a problemas como “a progressiva diminuição do número de alunos, a crise económica e a diminuição drástica das vocações consagradas”, esta “com delicadas consequências nas congregações religiosas que estão no ensino”.

A estes desafios, a Associação acrescenta “a requalificação física de muitas escolas estatais”, que foi “acompanhada de um aumento progressivo de qualidade”.

O organismo pretende promover o debate à volta do “futuro de muitas das escolas católicas”, contando para isso com o trabalho do Grupo de Reflexão da Escola Católica (GREC), integrado na Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé.

Fazer da Escola Católica uma “proposta credível” no meio da sociedade e dentro da própria Igreja é o lema que tem dominado a missão da APEC e que vai caraterizar o programa desta entidade em 2014-2015.

Ainda com data a designar, vai ser realizado em Aveiro o “II Congresso Nacional das Escolas Católicas”, que poderá também ser um momento propício para a abordagem à atual conjuntura do ensino privado católico.

A APEC espera também, no decurso dos próximos meses, favorecer a cooperação entre “Escolas Católicas da mesma diocese”.

“É fundamental que se conheçam mais e interajam, para promoverem a comunhão e potenciarem recursos e energias”, pode ler-se no programa da Associação.

Para isso, o organismo pretende trabalhar na “revitalização dos secretariados diocesanos da Escola Católica”.

No cimo das prioridades vão estar ainda estratégias como a incrementação nas escolas da chamada “economia de comunhão”; o estímulo à realização de “visitas” aos diversos estabelecimentos de ensino; e a “ampliação da rede de associados” da APEC, privilegiando “o contacto escola a escola”.

A APEC está apostada também em “cimentar ações de formação em parceria com instituições de ensino superior”, a reforçar a sua ligação a entidades como o Secretariado Nacional da Educação Cristã e a Federação Nacional das Associações de Pais das Escolas Católicas; e a alargar a sua cooperação com instituições nacionais e estrangeiros.

Na base destes contactos, sobretudo no plano nacional, estará também a “defesa da liberdade de educação”.

O calendário de atividades da APEC está recheado de ações de formação para “pais, professores, alunos e toda a comunidade educativa”; faz menção também à peregrinação nacional das Escolas Católicas a Fátima, que vai ter lugar no dia 27 de setembro.

JCP

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Agência ECCLESIA

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