Portugal: «Celebrar com os jovens rumo à JMJ Lisboa 2023» é o tema do 46º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica (c/vídeo)

Secretariado Nacional de Liturgia convoca «todas as pessoas» para a edição deste ano, que decorre entre os dias 25 e 28 de julho

Foto DLFV

Lisboa, 19 jul 2022 (Ecclesia) – O Secretariado Nacional de Liturgia (SNL), da Igreja Católica em Portugal, vai ‘Celebrar com os jovens – Rumo à JMJ Lisboa 2023’ no 46º Encontro de Pastoral Litúrgica, tendo como horizonte a próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude.

“Não podíamos deixar de pegar por esta temática e matéria tão importante que é os jovens na liturgia. Tantas vezes falamos os jovens e a liturgia, mas com a pandemia teve suspenso, agora até fica mais próximo da jornada. Teríamos de olhar para esta realidade e ver como é que isto tudo pode e deve ser enquadrado”, disse hoje o padre Luís Leal, em declarações à Agência ECCLESIA.

O 46º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica, com o tema ‘Celebrar com os jovens – Rumo à JMJ Lisboa 2023’, vai decorrer de 25 a 28 de julho, no Centro Pastoral Paulo VI e na Basílica da Santíssima Trindade, em Fátima; A próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude vai realizar-se de 1 a 6 de agosto de 2023, na capital portuguesa.

O sacerdote, membro do SNL da Conferência Episcopal Portuguesa, explica que estes encontros de Pastoral Litúrgica e o deste ano de uma forma específica “não é exclusivamente para jovens”, mas para todas as pessoas, de “modo especial para os jovens e para aqueles que trabalham com os jovens”, na Pastoral Juvenil, catequistas, leitores, os acólicos, cantores.

Segundo o programa do Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica 2022, as conferências propõem reflexão em torno da participação dos jovens na liturgia, a dimensão comunitária da liturgia, também a ‘Liturgia na pastoral juvenil vocacional’, ‘Os jovens e a música para a liturgia’ e ainda ‘Cuidar da linguagem simbólica das celebrações litúrgicas em perspetiva ecológica’.

“Uma das conferências será educar para este silêncio orante, do padre Adelino Ascenso, superior geral da Sociedade Missionária Boa Nova , que esteve no Japão e teve esta experiência oriental do silêncio, que precisamos de recuperar e que os jovens o sabem fazer também”, destacou o entrevistado.

O sacerdote, que é o responsável pelo Serviço Nacional de Acólitos, acrescenta que é preciso “não ter medo” de dar aos jovens “muitas dessas ferramentas” por considerar que “eles não gostam ou que não estarão preparados para”.

“O jovem está preparado para o silêncio, é preciso fazer uma caminhada, educar para este silêncio, algo que na liturgia é importante. Na Missa de cada domingo o silêncio é importante e está presente em vários momentos da Eucaristia, que às vezes desvalorizamos. Mesmo nas Missas com os jovens, porque enchemos a Missa com muita música, palavras, coisas e esquecemos deste fator importante que é o silêncio”, desenvolveu o padre Luís Leal.

Segundo o entrevistado, membro do SNL, da Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade, o principal da liturgia é ajudar todos a viver “o mistério da fé, o mistério de Deus na vida” de cada um, mas é necessário alguma ordem, é necessário pôr algumas balizas para “melhor celebrar” e até mostrar a unidade da Igreja.

“É na liturgia que se vê a unidade da Igreja, a própria liturgia propõe para a Missa uma variedade de orações, de circunstâncias, mesmo no canto, nas orações do presidente”.

O Secretariado Nacional de Liturgia, da Igreja Católica em Portugal, vai promover a 46ª edição do seu encontro de formação, reflexão e convívio, que, segundo o padre Luís Leal, têm ajudado a Igreja em Portugal a ter um “melhor conhecimento do que é a liturgia nas suas várias dimensões, a haver diálogo, confronto”, e para além da dimensão teórica também se realiza na prática.

HM/CB/PR

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Agência ECCLESIA

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