Portugal: Empresas começam a ganhar «consciência social»

Para o Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial (GRACE), tratar do bem-estar das pessoas é «estratégia indispensável para o sucesso»

Lisboa, 09 abr 2011 (Ecclesia) – O Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial (GRACE) considera que o tema da responsabilidade social está a ganhar cada vez mais força junto das empresas em Portugal.

“Os gestores começam a perceber que, para terem empresas mais competitivas, é preciso cuidar do bem-estar dos seus colaboradores, acompanhar as preocupações que lhes assistem, na família, na comunidade, no meio onde se inserem” explicou Maria Zagallo, em declarações à Agência ECCLESIA, durante o 10º Congresso da associação CAIS, esta sexta-feira em Lisboa.

Convidada a responder à pergunta que dominou o evento – “Quanto custa ser feliz? – Por uma economia do bem-estar”, a representante da GRACE sublinhou que, ao nível do tecido empresarial do nosso país, este tema começa a ser “tudo menos menor”.

Criado em 2000, este Grupo de Reflexão sem fins lucrativos conta  atualmente com 80 empresas associadas, maioritariamente multinacionais presentes em território português, que “têm como denominador comum o interesse em aprofundar o papel do  setor empresarial no desenvolvimento social”.

Assentes em 4 pilares fundamentais – Partilhar, Construir, Agir e Comunicar – essas empresas procuram desenvolver, no seu dia a dia,  ações que tenham impacto positivo no meio que as rodeia.

Como exemplo disso mesmo, foi revelado um estudo levado a cabo pela empresa de consultadoria “Sair da Casca”, que revelava hábitos de voluntariado já bem enraizados em dezenas de empresas portuguesas.

“Isto já não é uma moda, é estratégia de negócio que, ou é bem sucedida ou as empresas correm o risco de deixarem do ser” realçou Maria Zagallo, para quem “há empenho e capacidade para concretizar mais  projetos, e o terreno a percorrer tem de ser tão vasto como a própria sociedade”.

Este “círculo virtuoso” que põe em conjunto pessoas, capacidade de execução e  fatores de produtividade está alargado a um conjunto de organizações, entre as quais a CSR Europe, a Fundação Aga Khan e o Instituto Ethos.

 

JCP

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