Portugal: «Economia de Francisco» quer envolver o «máximo de pessoas» no combate à pobreza

Jovens portugueses destacam que a educação «é a melhor forma» para esse combate e sugerem «currículos mais práticos»

Foto Economia de Francisco – Portugal

Torres Vedras, 02 out 2021 (Ecclesia) – O grupo ‘Economia de Francisco Portugal’ disse hoje que “envolver o máximo de pessoas no combate à pobreza” é uma das suas prioridades, bem como construir pontes e acabar com os fossos, num evento internacional online.

O grupo ‘Economia de Francisco Portugal’ partilhou com outros jovens, de mais de 40 cidades do mundo, que uma das suas prioridades é “envolver o máximo de pessoas no combate à pobreza”.

Reunido no Convento do Varatojo (Franciscanos), Torres Vedras, para pensar “caminhos para uma nova economia” e assistirem ao evento internacional ‘Economia de Francisco’, dinamizado a partir de Assis (Itália), acrescentaram que também querem “construir pontes” e acabar com os fossos.

Os jovens portugueses partilharam três ideias da sua análise local, que podem ter abrangência global, e afirmaram que é “vital” combater o “preconceito e a indiferença” com os pobres.

Neste contexto, destacaram que a educação “é a melhor forma de combater” a pobreza, e uma ideia “é desenvolver currículos mais práticos”, que complementem os tradicionais, na universidade e secundário, e “motivar mais pessoas” a não desistirem de estudar.

O grupo ‘Economia de Francisco Portugal’ partilhou também que o Setor Social podia ter melhorias se fosse mais profissionalizado e as organizações “trabalhassem mais vezes juntas”, para serem “mais eficientes”, apesar da paixão dos líderes e colaboradores, observando que é preciso valorizar mais os empregos deste setor.

Os jovens explicaram o caminho que têm feito até agora, desde a fundação, a participação no encontro internacional, em novembro de 2020, e as parcerias com outras entidades como a Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN) Portugal, com quem organizaram um seminário sobre ‘como abordar o tema da pobreza e das desigualdades sociais?’.

Ao longo do encontro online, realizado entre as 12h30 e 16h30 hora de Lisboa, ouviram-se testemunhos de jovens de países como Zâmbia, Índia, Brasil, Afeganistão, Itália, Argentina, também participaram os economistas Jeffrey Sachs e Helen Alford.

Ao portal ‘Vatican News’, o economista Luigino Bruni, coordenador científico do evento, explicou que era um dia para uma “colheita de pessoas que já estão mudando a economia do seu país todos os dias” e não de reclamações e críticas “ao mundo que ‘não presta’”.

Foto Economia de Francisco – Portugal

O evento internacional teve mais um contributo de Portugal, Marta Bicho, que também participou no encontro ‘A Economia de Francisco’ 2020, partilhou esta tarde um estudo sobre economia social que pretende compreender como os empreendedores sociais veem o sucesso.

A professora universitária e investigadora explicou que desenvolveram uma estrutura para mapear o sucesso, que “é importante por causa da natureza dual das empresas sociais – os objetivos sociais e os financeiros”.

Segundo Marta Bicho, o sucesso para os empreendedores sociais é o resultado de cinco indicadores, nomeadamente, características dos empreendedores, validação, sustentabilidade financeira, modelos de negócio e impacto social.

O encontro terminou com uma mensagem do Papa Francisco que pediu aos jovens uma “economia diferente”, mais justa, sustentável e solidária, que coloquem “a fraternidade no centro da economia”, e alertou para os efeitos da pandemia Covid-19 na sociedade, que afetou os mais pobres, e para a necessidade de salvaguarda da casa comum.

CB

 

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Agência ECCLESIA

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