Portugal: D. Rui Valério defende aliança entre «forças ativas da sociedade» para enfrentar problemas nos setores sociais

Patriarca de Lisboa comentou caso de grávida a quem foi negado tratamento hospitalar no Hospital das Caldas da Rainha, após sofrer um aborto espontâneo

Foto: Agência ECCLESIA/PR

Lisboa, 07 ago 2024 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa defendeu a importância de uma aliança entre “todas as forças da sociedade” para enfrentar dificuldades nos setores sociais, a propósito do caso de uma grávida que viu negada assistência hospitalar após sofrer um aborto espontâneo.

D. Rui Valério afirmou, à margem da Missa de agradecimento pelo primeiro ano da Jornada Mundial da Juventude, realizada esta terça-feira na Sé de Lisboa, que os problemas que hoje se constatam nos setores da vida social “têm anos”, “não surgiram de um momento para o outro” e que se têm vindo a “avolumar de ano após ano” e, nesse sentido, “era importante haver um acordo que envolvesse todas as forças”, afirmando não se referir apenas a “partidos”.

“Não estou a falar apenas das forças políticas, todas as forças da sociedade. Deveria haver aqui, no sentido mais lato da palavra, um verdadeiro pacto e aqui uma aliança em que todas as forças ativas da sociedade deveriam unir-se, juntar-se, reunir-se, para deliberar a maneira mais cabal para enfrentar e para superar todas essas dificuldades e adversidades”, propõe.

Para o patriarca de Lisboa, “só com uma galvanização da sociedade, cada um prestando um contributo muito específico”, com a Igreja a não excluir-se desse propósito, será “possível encontrar verdadeiras soluções”.

Uma mulher, com hemorragias após sofrer um aborto espontâneo, viu negada a assistência no hospital de Caldas da Rainha, cuja urgência obstétrica estava encerrada, e apenas foi atendida após insistência do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) e dos bombeiros, informou o comandante da corporação à Agência Lusa.

Os factos aconteceram na segunda-feira e a Entidade Reguladora da Saúde já abriu um inquérito ao atendimento no hospital para avaliar o caso.

LJ

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Agência ECCLESIA

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