Bispos associam-se a jornada de jejum pela paz, convocada pelo Papa para 2 de março
Lisboa, 24 fev 2022 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) manifestou esta quinta-feira a sua solidariedade ao povo da Ucrânia, apelando à solidariedade da população e ao restabelecimento da paz na região.
“A Conferência Episcopal manifesta a sua solidariedade para com a população da Ucrânia e, em particular, para com a numerosa Comunidade Ucraniana em Portugal, desejando que este tempo de angústia, sofrimento e guerra seja rapidamente ultrapassado e se restabeleça a paz e a prática do bem para todos”, indica o comunicado ‘Pela Paz na Ucrânia’.
Os bispos católicos apelam a todos, para que “haja uma partilha efetiva para com a Igreja na Ucrânia, nomeadamente através das Cáritas e de outras instituições”.
A Cáritas Portuguesa, através do seu Fundo de Emergências Internacionais, vai comprometer-se com uma doação de 20 mil euros, diretamente para a Cáritas da Ucrânia, para contribuir que as pessoas sejam cuidadas e protegidas, informa uma nota da instituição.
A CEP associa-se ainda à jornada de jejum pela paz, convocada esta quarta-feira pelo Papa para 2 de março.
“Face à iminência da guerra na Ucrânia, o Papa Francisco apelava a que se fizessem todos os esforços para que se encontrem caminhos de paz. Convidava-nos também à oração pela paz, propondo que o dia 2 de março fosse assumido por todos como um Dia de Jejum pela Paz e, para os crentes, um dia de jejum e oração”, recordam os bispos.
“Infelizmente, a guerra teve início esta madrugada, com a invasão da Ucrânia pela Rússia”, acrescenta o comunicado.
A Conferência Episcopal Portuguesa cita ainda o apelo pela Paz das Conferências Episcopais da Europa, condenando “veementemente” a guerra na Ucrânia.
Os bispos católicos propõem que “todas as pessoas, comunidades e instituições da Igreja rezem pela paz na região, assumindo o dia 2 de março, Quarta-feira de Cinzas, como um Dia de Jejum e Oração pela Paz na Ucrânia”.
A Rússia invadiu a Ucrânia na madrugada desta quinta-feira, alegando a necessidade de proteger os habitantes das províncias separatistas ucranianas, que reconheceu como independentes.
ONU, NATO, Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, entre outros, condenaram a decisão russa.
Em Portugal, o presidente da República, em consonância com o Governo, condenou “veementemente a flagrante violação do Direito Internacional pela Federação Russa” e apoiou a declaração do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, “expressando total solidariedade com o Estado e o Povo da Ucrânia”.
Já o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, apelou ao regresso das negociações entre todas as partes.
OC
Vaticano: Francisco convoca jornada mundial de jejum pela paz, a 2 de março