Portugal: Cáritas distribuiu mais de 700 mil euros na resposta à pandemia

Organização católica lançou nova campanha de emergência social

Viseu, 04 jul 2023 (Ecclesia) – A Cáritas Portuguesa distribuiu mais de 700 mil euros de ajudas, na resposta à pandemia de Covid-19, entre abril de 2020 e junho de 2023, informou hoje a organização católica.

“Ao longo destes três anos, acompanhamos 31 179 pessoas, num investimento de mais de 700.000 mil euros. Do total de pessoas apoiadas, 2% são refugiados da guerra na Ucrânia. O programa divide-se em duas áreas principais: fornecimento de vales alimentares às famílias, para que possam adquirir alimentos e bens essenciais, e apoio financeiro de emergência às famílias”, indica uma nota enviada à Agência ECCLESIA.

A Cáritas Portuguesa apresentou, em conferência de imprensa, os resultados do programa nacional de emergência social chamado ‘Vamos Inverter a Curva da Pobreza’, que “complementou a resposta da rede Cáritas em Portugal perante as necessidades das pessoas vulneráveis afetadas pela pandemia”.

A organização decidiu manter o programa em vigor até ao final de 2023, com a possibilidade de ser transformado num programa nacional permanente de emergência social, face ao “recente aumento do custo de vida, a instabilidade social e o número de pessoas que continuam a pedir ajuda à Cáritas”.

Os nossos dados mais recentes revelam que os vales alimentares representam 66% dos beneficiários, enquanto o apoio financeiro de emergência representa 34%, sendo principalmente direcionado para despesas relacionadas com habitação, saúde e eletricidade”.

30% dos atuais beneficiários têm entre 40 e 50 anos, sendo o desemprego a principal razão para solicitar apoio (47%).

“O programa também se destaca pelo apoio a um grande número de pessoas imigrantes, que correspondem a 39% das famílias assistidas”, acrescenta a Cáritas.

Ainda hoje, em Viseu, foi apresentada a nova campanha de emergência social ‘Doar Com Certeza’, que visa reforçar a capacidade de resposta da organização católica, perante “o agravamento de muitas situações sociais”.

A organização destaca que os últimos anos, marcadas pela pandemia e pela crise económica, levantaram “grandes desafios”.

“Desafios ainda maiores para os mais vulneráveis a quem a Cáritas se esforça por servir de modo a inverter e interromper situações de pobreza”, acrescenta o comunicado de imprensa.

A Cáritas sublinha que a sua resposta de emergência social depende de donativos – particulares e empresariais – como “única forma de suporte à execução deste programa”.

“Sem a contribuição de todos não seremos capazes de o continuar”, assinala a organização católica de solidariedade e ajuda humanitária.

OC

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