Portugal: Cáritas acredita que Papa Francisco vai «fazer dos mais pobres e frágeis os seus privilegiados»

Eugénio Fonseca espera um pontificado que ajude a Igreja a assumir o seu papel de guia da «humanidade rumo à civilização do amor»

Lisboa, 14 mar 2013 (Ecclesia) – A Cáritas Portuguesa colocou-se hoje “ao serviço” do novo Papa, certa de que Francisco, no decurso do seu pontificado, vai “fazer dos mais pobres e frágeis os seus privilegiados”.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o presidente do organismo católico destaca a “grande simplicidade” do sucessor de Bento XVI, que ficou demonstrada “não só pelo relacionamento que o Papa argentino manteve com os seus diocesanos”, anda como arcebispo de Buenos Aires, “mas pela forma como se apresentou na varanda da Basílica de S. Pedro”.

Eugénio Fonseca considera que o nome adotado pelo cardeal Jorge Mario Bergoglio “é um grande sinal de esperança para o mundo”, já que a referência ao Santo de Assis (1181-1226) deixa antever um pontificado que juntará “à opção de vida simples” a vontade de servir todos os homens, sobretudo os mais desfavorecidos.

A primeira aparição pública de Francisco mostrou um homem com “grande facilidade em se aproximar de todas as pessoas” e de comunicar com “a Igreja e o Mundo de forma tranquila e segura”, salienta o responsável da Cáritas Portuguesa.

“A forma como Francisco pediu a oração de todos os presentes pelo seu pontificado” também ficou na memória do presidente daquele organismo, considerando que o Papa “deixou a imagem de um homem de uma profunda fé e humildade”.

 “Disse que o foram buscar ao fim do mundo, mas bastaram os breves minutos que esteve na varanda da Basílica de S. Pedro para se tornar muito próximo de toda a gente”, aponta Eugénio Fonseca.

O presidente da Cáritas Portuguesa termina a sua mensagem fazendo votos de que “o Espírito Santo que dê a Francisco a sabedoria e a coragem para ajudar os católicos a viverem mais em coerência com o Evangelho”.

Só desta forma será possível alcançar “a urgente purificação da Igreja”, de modo a que esta assuma o seu papel de guia da “humanidade rumo à civilização do amor”, conclui.

O Papa Francisco foi eleito esta quarta-feira, depois de um Conclave eleitoral que durou pouco mais de 24 horas, com a decisão dos cardeais a surgir depois de cinco votações.

JCP

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Agência ECCLESIA

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