«Entramos em 2016 com indisfarçáveis preocupações, mas o pior seria redundarmos na indiferença», diz D. Manuel Clemente
Lisboa, 02 jan 2016 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa incentiva os portugueses a uma intervenção social, cívica e política comprometida no sentido de ajudarem o país a enfrentar os desafios que vai ter pela frente.
“Entramos em 2016 com indisfarçáveis preocupações, a qualquer nível que nos situemos. Mas o pior seria deixarmos que algum atordoamento redundasse em indiferença”, escreve D. Manuel Clemente, numa mensagem disponível na página do Patriarcado de Lisboa.
Numa reflexão que toca também o pontificado do Papa Francisco ao longo do último ano, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa realça a relevância que uma população participativa e empenhada pode ter para a mudança do atual paradigma da sociedade, onde persistem realidades como a pobreza e a desigualdade social.
“Sabemos como uma população ensimesmada e desistente é caldo de cultura para políticas pouco ou nada solidárias. Pelo contrário, cidadanias ativas e altruístas obrigam o poder político a acompanhá-las, nacional e internacionalmente”, sublinha o cardeal-patriarca.
Sobre a ação do Papa argentino em 2015, D. Manuel Clemente enaltece uma figura que “olha para o mundo e não desiste dele, a todos os níveis”.
O líder do episcopado português destaca a mensagem que Francisco deixou para o Dia Mundial da Paz, assinalado esta sexta-feira.
“Palavras preenchidas, que podem ultrapassar a barreira do descaso. Refere-se ao que podemos fazer como pessoas, como participantes na vida política e como crentes de vários credos (…) Uma autêntica agenda para o ano que começa”, frisa D. Manuel Clemente.
JCP