«Deus nunca deixa sozinhos — nem no campo de batalha, nem no meio da noite, nem na hora da morte» – D. Sérgio Dinis

Lisboa, 11 jun 2025 (Ecclesia) – O bispo do Ordinariato Castrense de Portugal afirmou que “uma Pátria não se constrói apenas com palavras bonitas”, na Missa Campal, esta terça-feira, dia 10 de junho, junto ao Monumento aos Combatentes de Ultramar, em Belém (Lisboa).
“Neste momento solene, pedimos ao Anjo de Portugal que continue a velar por esta Nação. Que não nos falte a paz. Que não nos falte a memória. Que não nos falte o sentido de dever e de pertença. E àqueles que deram tudo — a vida, a juventude, os sonhos — pedimos-lhes que intercedam por nós. Que, do alto, nos inspirem a amar esta terra com o mesmo fogo”, disse D. Sérgio Dinis, na homilia da celebração, enviada à Agência ECCLESIA.
O bispo da Diocese das Forças Armadas e de Segurança presidiu a uma Missa Campal por intenção de Portugal e de sufrágio pelos seus mortos, esta terça-feira, 10 de junho, no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas 2025, junto ao Monumento aos Combatentes de Ultramar, em Belém.
“Evocamos os que partiram para longe, com coragem no peito e saudade nos olhos. Alguns regressaram marcados para sempre. Outros ficaram para sempre onde tombaram. Nenhum será esquecido”, referiu o responsável diocesano.
Junto ao MCU, onde “o coração é feito de memória, gratidão e oração”, D. Sérgio Dinis afirmou que “uma Pátria não se constrói apenas com palavras bonitas”, mas “com sacrifício, com verdade, com esperança — e, por vezes, com sangue”, “como quem reza de joelhos e luta de pé”.
“Que o nosso “obrigado” de hoje se faça compromisso. Que a sua memória nos dê coragem. E que Portugal, com os olhos postos no Céu e os pés firmes na terra, saiba ser fiel àquilo que o fez nascer: fé, coragem e paz.”
O bispo do Ordinariato Castrense de Portugal assinalou também no dia 10 de junho, a Igreja Católica celebra o Anjo da Guarda de Portugal, “figura discreta, mas fiel”, que, segundo a tradição, “apareceu pela primeira vez nas batalhas fundadoras”, depois, em Fátima, em 1916, onde ensinou “três crianças a rezar”.
“Não veio com armas, mas com joelhos no chão. Não veio para mandar, mas para proteger. Veio ensinar a paz”, acrescentou, salientando, a partir das leituras escutadas na Missa campal, “que Deus nunca deixa sozinhos — nem no campo de batalha, nem no meio da noite, nem na hora da morte”.
A cerimónia junto ao Monumento aos Combatentes de Ultramar em Belém, organizada pela Comissão Executiva para a Homenagem Nacional aos Combatentes (CEHNC), contou também com um momento de evocação e homenagem aos combatentes, com deposição de coroas de flores e a presença de representantes de várias entidades, como a Liga dos Combatentes e a Cruz Vermelha Portuguesa.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, no contexto do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o bispo da Diocese das Forças Armadas e de Segurança afirmou que é necessário mais investimento no setor da Defesa, lembrou que a paz é um direito e referiu-se à construção da identidade nacional “de forma inclusiva”.
CB/OC