D. António Vitalino destaca o facto do Papa argentino ter trabalhado numa região onde o catolicismo ganha cada vez mais força
Santarém, 14 mar 2013 (Ecclesia) – O bispo de Beja, D. António Vitalino pensa que a escolha de um Papa argentino, vindo de “um país emergente da América Latina”, poderá funcionar como “um grande impulso” para a Igreja Católica atual.
Em entrevista à Agência ECCLESIA em Santarém, onde acompanhou esta quarta-feira o jubileu episcopal de D. Manuel Pelino, o prelado considera “muito importante” a concretização de um pontificado fora da Europa, sobretudo com alguém que “conhecerá bem os problemas das jovens Igrejas”.
Segundo D. António Vitalino, quem desempenha o ministério eclesial “vive também da energia do povo e da Igreja onde trabalha”, pelo que o antigo arcebispo de Buenos Aires, por ter trabalhado num região onde o catolicismo ganha cada vez mais força, não terá problemas em “ser um sinal forte” para os homens deste tempo.
O bispo de Beja rejeita assim a ideia de que a idade do Papa Francisco, 76 anos, possa constituir um entrave à realização de um trabalho relevante à frente dos destinos da hierarquia católica.
“Não será um papado muito longo, mas o mundo também sofre rápidas mudanças e ele estará à altura de assumir a missão”, conclui.
O sucessor de Bento XVI, que renunciou ao pontificado, foi eleito no quinto escrutínio da reunião eleitoral iniciada esta terça-feira, após pouco mais de 24 horas de votações à porta fechada.
PTE/JCP