Portugal: Bispo das Forças Armadas preocupado com conflitos no Iraque e Ucrânia

D. Manuel Linda vai presidir à peregrinação internacional de setembro em Fátima

Fátima, Santarém, 06 set 2014 (Ecclesia) – O Bispo das Forças Armadas e de Segurança em Portugal alertou hoje para o perigo do fundamentalismo islâmico e para a situação na Ucrânia.

“Repare-se no que se passa com o fundamentalismo islâmico que pretende a constituição do califado que englobaria já não só a Península Ibérica, mas também a Europa onde o Islão está muito presente. E repare-se também no que está a acontecer na Ucrânia: a geopolítica é sempre bem mais complicada do que aquilo que aparece à superfície. Por aquilo que me é dado ver, a situação na Ucrânia é preocupante. E muito”, afirma D. Manuel Linda, em entrevista à sala de imprensa do Santuário de Fátima.

O prelado vai presidir à peregrinação aniversária de setembro, em Fátima, que terá como tema “Quereis oferecer-vos a Deus em reparação?” (das ‘Memórias da Irmã Lúcia’).

D. Manuel Linda revela que pretende rezar pelos militares que lhe estão confiados: “Como os outros cristãos, os militares e os membros das forças de segurança e suas famílias sabem que são chamados à santidade e a aperfeiçoar o mundo”.

“Rezarei para que, com a coragem que os caracteriza, nunca se esqueçam desta dupla dimensão da sua fé. E como constituem a porção do Povo de Deus que mais diretamente me está confiada, rezarei também para que Deus lhes conceda todo o bem, a felicidade e a alegria que nasce da fé”, acrescentou.

Segundo este responsável, assistem-se hoje a “novas formas de tirania e controlo dos cidadãos”, uma espécie de «gaiola de ferro» na qual “o espaço de liberdade é efetivamente muito reduzido”.

D. Manuel Linda apela à mudança, ao considerar que "é urgente reequacionar a maneira como o Ocidente está a lidar com os três grandes valores da modernidade: com a liberdade, igualdade e fraternidade”.

O bispo do Ordinariato Castrense de Portugal destaca a “responsabilidade” de presidir à peregrinação, “devido aos tempos conturbados” que se vivem no país e à função iluminadora que a Igreja é chamada a realizar, como faz o muito querido Papa Francisco”.

LDS/OC

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