D. Manuel Linda presidiu a Missa pelo Dia da Força Aérea
Lisboa, 28 jun 2015 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança disse hoje em Lisboa que é um erro “menosprezar” a importância do setor num momento em que aumentam as ameaças do terrorismo internacional.
“Menosprezar a defesa nacional – –que tem várias vertentes, mas uma das quais é a armada – é o mesmo que real ou potencialmente estar a colocar em perigo a vida humana. O que é pecaminosamente grave”, alertou D. Manuel Linda, durante a Missa a que presidiu pelo Dia da Força Aérea, em São Domingos de Benfica.
O prelado apresentou a defesa da vida como “razão ética da existência das Forças Armadas e das Forças de Segurança”.
“A defesa da vida humana é uma absoluta responsabilidade de cada pessoa enquanto tal e das pessoas associadas em grupos, em comunidades, das quais a mais abrangente é a comunidade nacional ou nação”, precisou.
Segundo o responsável, os governantes têm a responsabilidade de fornecer aos seus cidadãos “os meios e os instrumentos para que se possam sentir seguros” face a potenciais ou reais agressões “à sua vida, liberdade, paz e forma de organização, a democracia”.
“Podemos perguntar-nos: e, no nosso tempo, é necessária a defesa da vida e destes valores sem os quais não atinge o timbre de humana? A resposta não precisa de ser dita com palavras: basta olhar ao redor e ter presente o que se passa bem pertinho de nós”, observou, dois dias depois de um atentado na Tunísia ter provocado a morte de 38 turistas, incluindo uma portuguesa.
D. Manuel Linda assinalou que “os inimigos da vida” alegam atuar “por razões superiores”, por entenderem que o Ocidente está “corrompido”.
“Se a nossa vida humana não é aferida pela vida divina, ficamos sem critérios de atuação ou passamos a ter como modelo a vida biológica e animal. Este é o problema do Ocidente. Aqui reside a nossa vulnerabilidade”, alertou, numa celebração que teve transmissão televisiva.
Em conclusão, o bispo das Forças Armadas e de Segurança deixou votos de que todos possam compreender que “a dignidade suprema e a vida verdadeira” residem em quem se aproxima de Jesus "na fé e nos Sacramentos".
OC