Portugal: Bispo da Guarda defende «ordenado máximo» e incentiva à «qualidade» para vencer «batalha do desenvolvimento»

Guarda, 17 dez 2015 (Ecclesia) – O bispo da Guarda considera que “conforme há um ordenado mínimo, também devia haver um ordenado máximo”, explicou na apresentação da sua mensagem de Natal onde alerta para desigualdades a nível nacional.

“Entre nós não havendo um ordenado máximo não há também a cultura de fazer contenção onde se deve fazer. Faz-se contenção no ordenado mínimo porque está generalizado, as empresas precisam de empregar gente menos qualificada para ter resultados”, disse D. Manuel Felício, dando como exemplo a desigualdade nos escalões de ordenados.

Para o bispo da Guarda, em Portugal ainda “não existe a cultura de apostar na qualidade” para se ganhar a “batalha do desenvolvimento” através da qualidade.

Aos jornalistas, O prelado que na mensagem de Natal sublinha a necessidade de combater a indiferença alerta para “tanta gente que sofre e está desenquadrada da sociedade”.

“Não podemos encarar isso como uma fatalidade, e a solidariedade é um dos caminhos a promover”, explicou, sublinhando que “as desigualdades continuam e fortemente muito patentes”.

Ainda sobre solidariedade, D. Manuel Felício manifestou preocupação e atenção ao tema das alterações climáticas dando como exemplo o território da Diocese da Guarda.

“O mês de outubro foi o mais quente de que há memória e o de novembro o mais quente desde há 40 anos, isto necessariamente há de ter consequências, que já está a ter”, exemplificou.

Neste contexto, o bispo diocesano alertou que os níveis de pluviosidade “diminuem de dia para dia” e, neste momento, não deviam estar “com problemas de água e as barragens estão vazias”.

“A misericórdia e a solidariedade não é só para os que hoje vivem mas é também para as gerações futuras e isso é uma responsabilidade nossa”, assinalou D. Manuel Felício, divulga a Rádio Renascença.

RR/CB

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Agência ECCLESIA

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