Voto de condenação proposto pelo CDS-PP alerta para «investida brutal» de movimentos fundamentalistas em África e no Médio Oriente
Lisboa, 29 abr 2016 (Ecclesia) – A Assembleia da República aprovou hoje um voto de condenação pelo genocídio de cristãos e outras minorias religiosas em África e no Médio Oriente, apresentado pelo grupo parlamentar do CDS-PP.
O voto de condenação, que contou com votos favoráveis de todas as bancadas, à exceção do PCP (abstenção), refere que um dos factos “mais trágicos” a acontecer atualmente “é, sem dúvida, a investida brutal dos movimentos fundamentalistas”, em particular do Daesh (Autoproclamado Estado Islâmico), Boko Haram e Al-Shabaab, “contra os cristãos e outras minorias religiosas e étnicas”.
“O declínio do pluralismo religioso, e em particular da presença do cristianismo, nestas regiões, corresponde a um agravamento da instabilidade regional e a um desaparecimento progressivo da cooperação inter-religiosa”, considera o Partido Popular português, assinalando a “quebra” da liberdade e harmonia religiosas.
“Irrompem, fanática e violentamente, marchas brutais e persecutórias contra as minorias”, adverte o documento hoje aprovado.
O voto de condenação recorda ainda que a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre registou um “aumento significativo” da violação da liberdade religiosa e da violência contra os cristãos no mundo, especialmente em África e no Médio Oriente, entre 2013 e 2015, no seu relatório sobre a Liberdade Religiosa no mundo.
“Importa, igualmente, lembrar que, segundo o mesmo relatório, 80% dos atos de perseguição religiosa são perpetrados contra cristãos”, observa o CDS-PP.
Portugal, acrescenta o partido político, “não pode permanecer inerte” perante uma situação de “genocídio com graves consequências” para a paz e estabilidade mundiais e “indiferente ao sofrimento das comunidades cristãs e de outras minorias religiosas”.
CB/OC