Portugal: «As Forças Armadas assentam a sua existência e missão na possibilidade de um mundo justo, bom e livre» – D. Rui Valério

Patriarca de Lisboa presidiu, na Igreja da Memória, à Missa de Ação de Graças dos 50 anos do Estado-Maior General das Forças Armadas

Ecclesia, 09 set 2024 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa afirmou este domingo, na Igreja da Memória (Lisboa), que a “razão de ser” das Forças Armadas “brota da confiança que a humanidade tem na real possibilidade de o mundo ser melhor”.

D. Rui Valério salientou, na homilia da Eucaristia a que presidiu de manhã, no âmbito dos 50ºaniversário do Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), que “as Forças Armadas assentam a sua existência e missão na possibilidade de um mundo justo, bom e livre”.

“Se nos resignássemos a um mundo decrépito, corrupto, assolado pela exploração do homem pelo homem… então desistiríamos das Forças Armadas. Pelo contrário, a sua existência e ação é a afirmação de quanto a visão profética da Palavra de Deus está bem viva e acesa nos nossos corações”, sublinhou.

O também administrador apostólico das Forças Armadas e Forças de Segurança assinalou que a celebração dos 50 anos do EMGFA ocorre “num momento histórico de forte tensão internacional, com diversos conflitos a acontecer em geografias dispares e com um forte impacto a nível global – ao ponto de muitas vozes, como a do Papa Francisco, falarem já numa terceira guerra mundial”.

“É esta uma ocasião especial para, iluminados pela Palavra de Deus que escutámos e com a proximidade solidária dos portugueses, voltar o olhar para as nossas Forças Armadas, nas suas dimensões social, cultural e espiritual”, destacou.

Na eucaristia, o patriarca de Lisboa prestou homenagem “ao Estado Maior General das Forças Armadas, a todos os que nele servem ou já serviram, particularmente os que partiram para a Pátria Celeste, e que têm na elevação dos Valores humanistas cristãos e dos padrões éticos a fonte da sua ação”.

“É um dia de memória pois e de saudade, onde acolhemos a nossa solidariedade na condolência com os irmãos da Guarda Nacional Republicana, recentemente que partiram”, disse lembrando os militares vítimas da queda do helicóptero no Douro.

“Mas também os nossos irmãos militares, do exército, da Marinha, da Força Aérea, que recentemente partiram, assim como da Polícia de Segurança Pública e de todos aqueles que fizeram do terreno do serviço a Portugal e aos portugueses, numa atitude de absoluta abnegação, o seu campo de honra. Deus os tenha no seu reino de glória”, acrescentou.

Segundo o patriarca de Lisboa, o olhar das Forças Armadas não é de “mero otimismo, mas é o próprio olhar de Deus, que os militares cultivam nas suas almas e com os quais olham para a sociedade, para o mundo, para o ser humano, para Portugal e os portugueses”.

A celebração de Ação de Graças contou com a participação do presidente da República e comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa; o antigo Presidente da República, General Ramalho Eanes; o ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo; e o Chefe do Estado Maior-General das Forças Armadas, general José Nunes da Fonseca.

Estiveram também presentes o presidente da Junta de Freguesia da Ajuda, Jorge Marques, e o Comandante-Geral da Guarda Nacional Republicana, Tenente-General Rui Veloso, além dos vice-chefes do Estado-Maior da Armada, do Exército e da Força Aérea, e outras entidades civis e militares, informa o Ordinariato Castrense.

LJ/PR

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