D. Manuel Clemente admite que o número destes ministros é «insuficiente» na diocese
Porto, 07 dez 2011 (Ecclesia) – O bispo do Porto afirmou hoje que a ordenação de 30 novos diáconos permanentes na diocese deve ajudar a aumentar nas comunidades católicos “a atenção aos pobres e o seu serviço mais pronto”.
Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Manuel Clemente admite que “com 477 paróquias e muitos serviços, o número de diáconos ainda é insuficiente e será a pouco e pouco acrescentado”.
O diaconado permanente, restaurado pelo Concílio Vaticano II há mais de 40 anos, é o primeiro grau do sacramento da Ordem, a que podem aceder homens casados (depois de terem completado 35 anos de idade), o que não acontece com o sacerdócio.
“Os diáconos não substituem os padres. Muito pelo contrário, permitirão que os sacerdotes se dediquem mais especificamente ao seu indispensável múnus de santificação do Povo de Deus, pela eucaristia, a reconciliação e o acompanhamento espiritual dos crentes”, indica D. Manuel Clemente.
O prelado preside quinta-feira à ordenação dos 30 diáconos permanentes, um número que praticamente duplica os que já existem na diocese (32) e se aproxima, por exemplo, do total de padres (34) ordenados nas 20 dioceses portuguesas em 2009.
A celebração, que vai decorrer na catedral portuense, a partir das 16h00, inclui ainda a ordenação de dois diáconos a caminho da ordenação sacerdotal.
“O significativo número de diáconos agora ordenados no Porto deriva do facto de só há quatro anos se ter retomado a respectiva formação”, explica o bispo diocesano.
Para este responsável, “os diáconos – exactamente pelo espírito de serviço que os deve distinguir, bem como pela sua experiência profissional e familiar – trazem o mundo ao altar e levam o altar ao mundo”.
A este respeito, o bispo do Porto sublinha que a “nova evangelização” passa “necessariamente pela consolidação das comunidades cristãs, consolidação que inclui a variedade de carismas e ministérios com que o Espírito as anima”.
“Entre estes – e como ministério ordenado – está o diaconado, permanentemente exercido, para acrescentar a dimensão de ‘serviço’ a Deus e aos homens, em colaboração estreita com o sacerdócio ministerial dos presbíteros”, precisa.
Os diáconos distinguem-se, segundo a doutrina da Igreja, pela “dedicação às obras de caridade e de assistência” e na animação de comunidades ou setores da vida eclesial, presidindo também à celebração de alguns sacramentos.
Este ministério está em destaque na mais recente edição do semanário Agência ECCLESIA.
OC