D. António Francisco dos Santos confessa surpresa e alegria pela nova missão que o Papa lhe confiou
Porto, 21 fev 2014 (Ecclesia) – O novo bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, confessou hoje a sua surpresa pela missão que lhe foi confiada pelo Papa, que diz querer desempenhar com “alegria e generosidade”.
“Era tão imprevisível este chamamento que Deus agora me faz que não consegui balbuciar palavra, quando a decisão do Papa Francisco me foi comunicada”, refere o até agora bispo de Aveiro, de 65 anos, na primeira mensagem à Diocese do Porto.
D. António Francisco dos Santos deixa uma “palavra de muito afeto” às crianças, aos jovens e às famílias.
“Serei irmão e presença junto dos doentes, dos pobres e dos que sofrem e com eles procurarei fazer caminho de bondade e de esperança na busca comum de um mundo melhor. Quero ser apóstolo das Bem-Aventuranças nestes tempos difíceis que vivemos”, declara.
A mensagem dirige-se ao administrador apostólico, D. Pio Alves, aos bispos auxiliares, D. António Taipa e D. João Lavrador, “bispos eméritos, vigários gerais, o cabido da catedral, os sacerdotes, seminários, diáconos, consagrados e leigos”.
“Desde já afirmo a alegria de servir a grande comunidade humana da Diocese do Porto, com os seus eleitos e representantes autárquicos, as autoridades locais, as universidades e escolas, instituições e associações”, assinala.
O novo bispo do Porto fala numa “grande” missão que assume “com alegria e generosidade”, elogiando o “testemunho cristão da Igreja do Porto”.
“Levo comigo o modo próximo de ser e de viver, a alegria convicta da fé e o desejo fraterno de a todos olhar com os olhos de Deus, para a todos servir como Deus quer e ama”, assinala.
A mensagem alude às “dúvidas” e “temores” que D. António Francisco dos Santos teve de enfrentar, face a “uma Diocese habitada por tanta gente de bem e de valor e habituada a tão generosos servidores como bispos, presbíteros, diáconos, consagrados e leigos”.
“Todavia, senti que só conseguiria reencontrar a serenidade de coração e a liberdade de espírito, quando com a ajuda de Deus vencesse todos os receios e temores”, descreve.
O prelado pede a “compreensão” da Diocese de Aveiro, onde se encontrava desde 2006, para este “gesto ao serviço da Igreja, que em nada significa, menos respeito ou menor amor”.
“Aveiro sabe como sempre aqui me senti feliz como bispo e como é grande a dor da separação”, observa.
D. António Francisco dos Santos tem como lema episcopal ‘In Manus Tuas’ (Nas tuas mãos).
A nomeação foi publicada esta manhã pelo Vaticano e a data da entrada solene na Diocese, na Catedral do Porto, “será indicada proximamente”, adianta D. Pio Alves, administrador apostólico, numa mensagem de saudação ao novo bispo.
OC
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