Porto: Missa de Páscoa deve ter consequências práticas, acentua bispo

D. Manuel Clemente realçou espiritualidade que nasce da oração e se reflete no quotidiano

Porto, 01 abr 2013 (Ecclesia) – O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, pediu este domingo aos católicos para tirarem “toda a consequência prática” da ressurreição de Cristo, especialmente evocada na missa da Páscoa.

Cristo está presente nas “‘espécies’ eucarísticas”, assim como “nos outros, como tantos o divisaram e ouviram no rosto e no clamor dos pobres, espaços ‘vazios’ que só o amor preencherá – e urgentemente deve preencher”, afirmou na homilia proferida na sé portuense, enviada à Agência ECCLESIA.

O prelado sublinhou também a importância de uma espiritualidade que nasce da oração, “pois é bem dentro que desponta a luz”, e se reflete no quotidiano, como se verifica “em todos quantos experimentaram e exercitaram nas suas vidas a predileção de Jesus e a predileção por Jesus”.

É na “relação viva” com Cristo que os seres humanos “ressuscitam para um outro modo de viver, que já começa a ser divino”, acrescentou.

“Quando a pessoa de Jesus Cristo, como os Evangelhos no-lo descrevem e transmitem, é motivo constante da nossa lembrança e meditação, vai-nos preenchendo de tal modo a visão interior e contemplativa que mais facilmente se projeta em todo o espaço e circunstância”, frisou o vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

O prelado referiu-se à principal leitura bíblica proclamada na missa, onde se conta que o sepulcro de Jesus foi encontrado aberto e vazio três dias após a crucificação e a morte.

“Nos sinais da ausência entrevemos uma presença, precisamente a de Cristo, que preenche e transcende todos os vazios do mundo. E assim a ausência se transforma em oportunidade, para um vazio preenchido”, assinalou D. Manuel Clemente.

Na Vigília Pascal, celebrada na noite de sábado também na catedral, o bispo afirmou que a Páscoa deve ser vivida “uns com os outros, uns para os outros”: “É na comunidade cristã, nas suas várias concretizações, que sobretudo experimentamos a realidade prometida”.

A Páscoa, apontou, “só se apreende totalmente, na morte e ressurreição de Cristo, na experiência de quem aceita acompanhá-lo nesse caminho estreito e indispensável”.

Atualizado às 12h08.

RJM

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