D. Manuel Linda presidiu a Missa, com ordenação de dois diáconos permanentes
Porto, 08 dez 2020 (Ecclesia) – O bispo do Porto presidiu hoje à Missa da solenidade da Imaculada Conceição, destacando o exemplo da Virgem Maria como modelo de obediência a Deus.
“A Imaculada Conceição coloca-se como metáfora e modelo desta humanidade que se deixa cativar pelo seu Senhor. Por isso, ela é imagem da Igreja por meio da qual a salvação chega aos confins da humanidade”, referiu D. Manuel Linda, na homilia da celebração, enviada à Agência ECCLESIA.
O responsável católico questionou uma humanidade que se pretende “constituir como único juiz do bem e do mal”.
“Deus não desiste de fazer ver à pessoa que é no seu amor que encontramos o amor, que é na liberdade com que nos trata que encontramos a liberdade, que a obediência ao seu plano garante a felicidade que buscamos”, declarou.
Somente nos descobrimos como fraternidade de irmãos quando fizermos de Deus o centro de tudo e de todos, só nele obtemos asas para ultrapassar os abismos profundos da dor, do sofrimento e da morte”.
A celebração eucarística, na igreja de S. Lourenço (dos Grilos), contou com a ordenação diaconal de Joaquim António Pinheiro (Paróquia da Madalena, Amarante) e Rui Manuel Cunha Campos (Paróquia do Santíssimo Sacramento, Porto).
“A Diocese do Porto e o atual bispo acreditam no Diaconado Permanente”, destacou D. Manuel Linda.
O Concílio Vaticano II (1962-1965) restaurou o diaconado permanente, a que podem aceder homens casados (depois de terem completado 35 anos de idade), o que não acontece com o sacerdócio.
Com origem grega, a palavra ‘diácono’ pode traduzir-se por servidor, e corresponde a alguém especialmente destinado na Igreja Católica às atividades caritativas, a anunciar a Bíblia e a exercer funções litúrgicas, como assistir o bispo e o padre nas missas, administrar o Batismo, presidir a casamentos e exéquias, entre outras funções.
Com estas ordenações, a Diocese do Porto atingiu os cem diáconos permanentes.
“O ministério ordenado é sempre uma carícia que Deus faz ao seu povo para o servir, para o guiar, para transformar em canto festivo o cansaço que, por vezes, se experimenta na longa caminhada pelas vias estreitas da salvação”, declarou D. Manuel Linda.
O bispo do Porto encerrou a celebração com votos de um “Santo Natal”, apelando à “responsabilidade social” e ao cumprimento das normas que foram indicadas.
Esta segunda-feira, decorreu, através das plataformas digitais, a Vigília Diocesana da Imaculada Conceição, numa organização das Equipas de Nossa Senhora.
“Deus nunca se coloca contra o homem, mas dá-lhe a possibilidade de querer, ou não, colocar-se a Seu lado”, afirmou D. Manuel Linda, durante a celebração.
O bispo do Porto deixou votos de, no próximo ano, a Catedral possa acolher esta vigília, como grande celebração diocesana.
OC