Porto: Igreja Católica propõe «Rio in Douro» para quem não pode ir às Jornadas Mundiais da Juventude no Rio de Janeiro

Há 197 portugueses voluntários para o encontro na «Cidade Maravilhosa»

Fátima, Santarém, 04 mar 2013 (Ecclesia) – Os jovens que não podem ir em julho ao Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), da Igreja Católica, estão a ser convidados pela Diocese do Porto a participar no ‘Rio in Douro’.

O objetivo da iniciativa marcada para 27 e 28 de julho, últimos dois dias da JMJ, pretende levar ao Porto “o espírito” do encontro mundial, explicou à Agência ECCLESIA o secretário da Pastoral Juvenil diocesana, Luís Leal.

A organização, que compreende movimentos juvenis implantados na diocese, prevê a realização de uma vigília na noite de sábado para domingo, acompanhada de uma “ligação direta” com jovens portugueses presentes no Rio de Janeiro, revelou.

A iniciativa começa na manhã do dia 27 na praia do Cabedelo, em Vila Nova de Gaia, junto à foz do Rio Douro, após uma caminhada a partir de quatro locais, à semelhança do percurso a pé que habitualmente antecede a vigília e a missa de encerramento da JMJ.

Luís Leal adiantou que a agenda contempla a realização, no primeiro dia, de “workshops muito variados”, seguidos de uma oração e concertos, enquanto que no domingo de manhã vão ser proferidas catequeses pelos bispos da diocese, antes da “missa final de envio”.

O dirigente foi um dos participantes na reunião do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil realizada este sábado em Fátima, na qual se encontraram pela primeira vez alguns dos 197 voluntários portugueses inscritos na Jornada Mundial que decorre de 23 a 28 de julho.

Alberto Gonçalves, coordenador da Pastoral Juvenil da Arquidiocese de Braga, referiu que há 20 inscritos para a JM, havendo mais jovens a tentar juntar dinheiro para a deslocação.

 “Não me sinto muito à vontade para promover a viagem, insistindo com os jovens para gastarem um valor tão grande. As Jornadas Mundiais da Juventude são importantes mas não constituem um bem de primeira necessidade”, notou.

Para Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa e Europeia de Bancos Alimentares, que esteve presente no encontro, “o voluntariado é serviço”: “Ficamos mais felizes se podemos contribuir para que outras pessoas tenham a vida mais facilitada ou mais digna”.

Bernardo Mendonça, de 20 anos, que participa pela primeira vez na JMJ, acredita que o voluntariado é uma forma de se “sentir útil” num encontro que espera “enriquecedor” e que mostre “o melhor que a fé tem”.

“Recebemos muito mais do que aquilo que damos”, salientou Nuno Conceição, voluntário na Jornada de Madrid, em 2011, experiência que volta a repetir no Brasil para retribuir o que lhe foi dado nos encontros mundiais de Paris, Roma e Toronto, em que participou como peregrino.

Referindo-se à escolha do sucessor de Bento XVI, Isabel Jonet disse estar convicta de que o novo Papa será a pessoa mais adequada às necessidades da Igreja, dado que a sua escolha vai ser “fruto da intervenção do Espírito Santo”.

Bento XVI, que até ao anúncio da renúncia, a 11 de fevereiro, era esperado na “Cidade Maravilhosa”, é provável que seja o sucessor a marcar presença na Jornada, mas esta alteração não só não é um obstáculo como pode servir de “motivação” para os jovens conhecerem o novo Papa, considera Alberto Gonçalves.

O responsável lembra que em 2005 as Jornadas Mundiais da Juventude, que decorreram em Colónia, na Alemanha, foram presididas por Bento XVI apesar de terem sido marcadas por João Paulo II, que morreu nesse ano.

PTE/RJM

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