Porto: Diocese «repudia» acontecimentos na paróquia de Canelas e pede que seja «reencontrada» a paz social

Comunicado diz que novo pároco merece «respeito» e «liberdade»

Porto, 13 nov 2014 (Ecclesia) – A diocese do Porto afirmou hoje em comunicado que repudia “veementemente” os “graves acontecimentos ocorridos na paróquia de Canelas” e pede à comunidade para “criar ambiente” para celebrar a fé e viver a “comunhão eclesial”.

“Os graves acontecimentos ocorridos na paróquia de Canelas, que a diocese veementemente repudia, colocam em causa a vida cristã das pessoas, a unidade da Igreja e a paz social e desfiguram o rosto e a alma de uma comunidade cristã”, refere o comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

No documento, a diocese do Porto pede “a todos os cristãos o testemunho da fé em Cristo e a afirmação da paz e da comunhão como Igreja” que permita “criar ambiente para que a fé cristã possa ser celebrada, a comunhão eclesial possa ser vivida e a paz social possa ser reencontrada”.

A paróquia de Canelas teve como pároco até ao início de novembro o padre Roberto Carlos Nunes de Sousa, sendo nomeado nessa ocasião como novo responsável pela comunidade o padre Albino José Gonçalves dos Reis, decisão que paroquianos não aceitaram, manifestando-se contra o sacerdote no último domingo.

A diocese Porto divulga na sua página da internet um “memorando” onde se referem os “passos mais significativos” de um diálogo iniciado em junho entre o bispo do Porto e o anterior pároco de Canelas para que assumisse “uma nova missão”, onde se inclui uma carta com uma “ameaça de revelação de um caso grave de comportamento de um sacerdote, acontecido em 2003”.

“Com data de 12 de setembro, registada pelos CTT a 25 do mesmo mês e a mim entregue a 28, recebi uma carta sua a comunicar-me ‘que tinha decidido permanecer em Canelas’”, descreve o bispo do Porto.

“O Padre Roberto insere nesta carta uma ameaça de revelação de um caso grave de comportamento de um sacerdote, acontecido em 2003. Não conheço o sacerdote que o Padre Roberto refere. Não é sacerdote da Diocese do Porto. Mesmo assim, dada a gravidade do caso denunciado, dei a conhecer a sua carta, de imediato, às autoridades competentes”, afirma D. António Francisco.

No comunicado hoje divulgado, a diocese defende que o novo pároco, padre Albino José Gonçalves dos Reis, "merece o respeito de todos e a liberdade para cumprir o seu múnus sacerdotal nas paróquias que lhe estão confiadas”.

PR

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Agência ECCLESIA

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