Itinerário «desafia os fiéis à identificação e participação vital com Cristo», no seu mistério pascal
Porto, 18 fev 2025 (Ecclesia) – A Diocese do Porto publicou a dinâmica pastoral da Quaresma à Páscoa, com sugestões pastorais que podem ser realizadas no Tempo Pascal, com o lema ‘Peregrinos de esperança. Rumo à Páscoa. No Caminho eu confio em Ti.’.
“O caminho da Quaresma à Páscoa é, na verdade – e sem forçar nada – um verdadeiro caminho de Esperança, uma grande peregrinação de Esperança”, explica a equipa de Apoio à Coordenação Diocesana da Pastoral do Porto.
‘Peregrinos de esperança. Rumo à Páscoa. No Caminho eu confio em Ti.’, é o lema proposto para a Dinâmica Pastoral da Quaresma à Páscoa 2025, uma proposta que desafia os fiéis à identificação e “participação vital com Cristo, no seu mistério pascal”.
“Não estamos nem vamos sozinhos, não caminhamos como lobos solitários, mas fazemos este caminho como Povo, confiante e feliz, no seguimento e na companhia de Cristo”, explica, sobre a “expressão de fé e de esperança” do lema ‘no caminho, eu confio em Ti’.
A Igreja Católica vai celebrar o tempo litúrgico da Quaresma que tem início com a celebração de Cinzas, este ano dia 5 de março; um período de 40 dias (a contagem exclui os domingos) marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (em 2025, no dia 20 de abril).
A Diocese do Porto vai continua a desenvolver a temática jubilar da esperança, do Ano Santo 2025, na dinâmica da Quaresma à Páscoa, “a partir da imagem da âncora”, elemento simbólico da esperança e parte integrante do logótipo do Ano Jubilar, e assinala também que esta proposta “pode e deve constituir um documento pastoral de base, a refletir, a discernir e a aplicar de modo sinodal”.
A equipa de Apoio à Coordenação Diocesana da Pastoral do Porto apresenta propostas para uma vivência em família e nos grupos de catequese, comunitária, e também pessoal, e destaca que o logótipo do jubileu ou o logótipo da caminhada diocesana “podem ser aplicados e replicados, de forma criativa”.
Na vivência comunitária, em cada domingo são propostos à luz do Evangelho, “lugares de «ancoragem», pontos firmes de apoio, para a vivência da esperança”, e sugerem “o uso da âncora ligada à Cruz”, “por uma corda”, por exemplo, e que esses dois elementos integrem as procissões de entrada e de saída das celebrações dominicais.
As imagens em cada domingo vão diferenciar-se “nas cores e nos lugares de ancoragem”, a partir dos Evangelhos: 1.º Domingo, Ancorar no deserto da travessia (imagem: a areia do deserto); 2.º Domingo, no monte da transfiguração (vegetação da montanha); 3.º Domingo, na vinha da conversão (troncos ou ramos de videira e de figueira); 4.º Domingo, na casa da reconciliação (bolotas); 5.º Domingo, no monte do perdão (pedras); Domingo de Ramos (ramos de oliveira); Semana Santa, na cidade da esperança, e na Páscoa (flores).
Segundo a equipa responsável pela dinâmica da Quaresma à Páscoa, em família e nos grupos de catequese podem “desafiar os fiéis a construírem ou a decorarem paulatinamente uma cruz com uma âncora”, e que, com os grupos pastorais, apresentem as cruzes com as âncoras para a bênção, nas Missas de Domingo de Páscoa, e que as coloquem também “nas portas ou portões de entrada, como um sinal de esperança”.
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A Diocese do Porto incentiva a organizar-se a esperança porque “frente ao ‘pecado organizado’, é preciso fazer alguma coisa”, como denunciava Francisco Fanhais na música ‘Cantata pela Paz’ (1970), com poema de Sophia de Mello Breyner Andresen.
“Isto é, dar expressão concreta, visível, pública, institucional, para que esta esperança não se confunda com uma paciência resignada ou uma confiança ilusória”, explica.
Na Dinâmica Quaresma/Páscoa 2025 são apresentadas várias sugestões pastorais, como celebrar o Jubileu Diocesano das Prisões, no dia 8 de março, e durante o ano jubilar, “acordar, com capelães dos estabelecimentos prisionais, visitas aos reclusos e a partilha de alguns bens”, e, no espírito de peregrinação, por exemplo, realizar as tradicionais Vias-sacras “pelos lugares de sofrimento (enquanto lugares de esperança) ou as Procissões dos Passos”, e promover a iniciativa ‘24 horas para o Senhor’, a 28 e 29 de março.
CB/OC