Porto: Diocese projeta ano pastoral com atenção a «toda e qualquer pobreza»

Trabalho com as famílias e acompanhamento no luto são outras prioridades

Porto, 07 jul 2017 (Ecclesia) – A Diocese do Porto lançou hoje o seu programa pastoral para o ano 2017/2018, projetando uma maior atenção a “toda e qualquer pobreza” por parte das comunidades católicos.

“O próximo… está próximo e está longe: aí onde há um ser humano! Em primeiro lugar e especialmente, nos pobres de toda e qualquer pobreza”, refere o documento, apresentado esta noite da Casa Diocesana de Vilar.

O programa, com o tema ‘Movidos pelo amor de Deus’, sublinha que “a caridade organizada ou, dito globalmente, as instituições sociocaritativas” só conseguirão garantir a sua “matriz cristã” se tiverem na sua base a “assunção dos valores do Evangelho por parte dos seus atores”.

“O Plano Pastoral para o ano 2017/2018 convida-nos, com serena urgência, a um exame de consciência sobre toda esta realidade, que é muito mais que mera dimensão do seguimento de Jesus Cristo”, refere o documento, introduzido por uma mensagem de  D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto; D. António Bessa Taipa, D. Pio Alves de Sousa e D. António Augusto Azevedo, bispo auxiliares da diocese.

No 3.º ano do quinquénio do Plano Diocesano de Pastoral 2015/2020, as comunidades católicos no Porto são chamadas a “olhar para além das paredes do templo” e renovar a “relação com o próximo”.

O texto recorda que, por decisão do Papa Francisco, se vai celebrar em novembro, pela primeira vez, o Dia Mundial dos Pobres, no penúltimo domingo do ano litúrgico.

“Com esta iniciativa, que pode ter âmbito diocesano, regional, vicarial e/ou paroquial, as comunidades são desafiadas a irradiar a caridade e a fazê-lo e de modo cada vez mais ativo e criativo, uma vez que as expressões de pobreza são cada vez mais amplas e diversificadas”, refere o programa pastoral da Diocese do Porto.

Entre as propostas apresentadas no documento estão a criação de um organismo diocesano de apoio às IPSS da Igreja ou uma maior participação dos leigos no “compromisso social e político”.

Outro momento referido é o IX Encontro Mundial das Famílias, que vai decorrer em Dublin, Irlanda, de 22 a 26 de agosto de 2018, colocando o “desafio pastoral” de fazer da família “sujeito e destinatária da evangelização”.

O programa dedica atenção particular ao acompanhamento nos momentos de luto, num momento em que se acentua a “tendência social para pôr a morte de lado, para simplificar ou banir os ritos que lhe estavam associados”.

“Tende-se hoje a expulsar literalmente a morte do mundo dos vivos, da sociedade e do conceito de vida feliz, como se a felicidade se pudesse construir sobre a ilusão de não morrer”, lamentam os responsáveis da Diocese do Porto.

As comunidades católicas são, por isso, chamadas a “valorizar os gestos de acolhimento, de presença e de proximidade, de oração e de acompanhamento das pessoas em situações de luto”.

OC

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