«Somos um Porto peregrino. Abrir caminhos de esperança» é o mote para as comunidades católicas
Porto, 04 ago 2025 (Ecclesia) – A Diocese do Porto lançou o Plano Pastoral que as comunidades católicas vão implementar de 2025 a 2028, com o lema ‘Somos um Porto peregrino. Abrir caminhos de esperança’.
“Esta esperança conjuga-se com a conversão, isto é, com a capacidade de mudança, que o Espírito Santo nos inspira, optando por aquilo que tem futuro. É uma mudança na qual estamos todos implicados: dela somos todos destinatários e atores”, refere uma nota assinada por D. Manuel Linda, bispo diocesano, e pelos bispos auxiliares, D. Vitorino Soares, D. Joaquim Dionísio e D. Roberto Mariz.
A equipa episcopal sublinha que a esperança supera as “imitações do passado” e as dificuldades do presente.
“Dá-nos uma visão de futuro, na consciência e na experiência de sermos sempre um povo peregrino. Passo a passo, guiados pelo Espírito, ‘o caminho faz-se caminhando’ juntos. Sempre juntos”, pode ler-se.
Após a realização da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, que teve duas sessões no Vaticano, em outubro de 2023 e 2024, o plano pastoral da Diocese do Porto aponta à “fase de implementação” deste processo.
“No espírito do Documento Final, o nosso objetivo cimeiro é o de ‘envolvermos todos e desenvolvermos juntos percursos e recursos para a implementação de uma Igreja sinodal na nossa Diocese do Porto’. Por isso, importa investir e traduzir em práticas concretas o espírito sinodal”, indicam os bispos.
Uma cultura da escuta e da partilha em ordem a processos de planificação e de decisão mais participativos, a prática da transparência, da avaliação e da prestação de contas, são sinais aferidores do modo sinodal de edificarmos a Igreja e de realizarmos a missão. Isto implica – sem mais delongas – instituir (onde não existam), renovar e aperfeiçoar (onde existam) a composição e o funcionamento efetivo dos órgãos de corresponsabilidade, já previstos pelo Direito, em particular os Conselhos Pastorais Paroquiais ou de Vigararia e os Conselhos para os Assuntos Económicos, a nível paroquial e interparoquial.”
A nota apresenta a “formação integral, contínua e partilhada” como um “pilar da transformação sinodal”.
“Queremos uma Igreja mais missionária, centrada unicamente na evangelização: no anúncio alegre e feliz do Evangelho, na celebração digna e festiva dos mistérios de Cristo e na vivência apaixonada e contagiante de Cristo, que se traduzam em palavras de esperança e em gestos de amor. Nada nos desvie do primado de Cristo, do anúncio do Seu Evangelho, da alegria de evangelizar. A forma sinodal da Igreja esteja ao serviço da missão”, assinalam D. Manuel Linda e os bispos auxiliares da diocese.
A Equipa de Apoio à Coordenação Diocesana da Pastoral apresenta o plano 2025/2028, numa nota divulgada online, como “um documento de fundo, mais extenso, com mais reflexão e mais pormenor, quanto à reflexão e às propostas pastorais”.
O texto é acompanhado por um “Guião prático”.
“Há três referências incontornáveis que nos inspiram para o próximo triénio pastoral: a celebração do Jubileu até à sua conclusão a 6 de janeiro; a implementação do Documento Final da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos ‘Para uma Igreja Sinodal comunhão, participação e missão’ em 26/10/2024; e a resposta concreta às sugestões pastorais da Síntese elaborada pela Comissão Sinodal Diocesana em junho de 2022”, indicam os responsáveis.
O terceiro capítulo do Plano aponta “a longo prazo, alguns caminhos de esperança, que importa abrir, para concretizar, pouco a pouco, a mudança desejável, de forma que Jesus Cristo e a alegria do Seu Evangelho sejam sempre mais anunciados, celebrados mais dignamente e mais vividos coerentemente”.
OC