Porto: Diocese celebrou Jubileu dos Leitores no Domingo da Palavra de Deus

D. Roberto Mariz destacou «missão importante na liturgia que exige vocação, preparação, humildade e vivência»

Porto, 28 jan 2025 (Ecclesia) – A Diocese do Porto celebrou o seu primeiro encontro do Ano Santo 2025, o Jubileu dos Leitores, no ‘Domingo da Palavra de Deus’, um “ministério estruturante na vivência litúrgica, nomeadamente na Eucaristia”, afirmou o bispo auxiliar D. Roberto Mariz.

“Este é um momento de reconhecimento e valorização. Missão importante na liturgia que exige vocação, preparação, humildade e vivência. ‘Dar a voz à voz de Deus’, ser intermediários entre o emissor (Deus) e os recetores (ouvintes) implica o máximo empenho para se ser bom instrumento de Deus”, disse o bispo auxiliar do Porto, D. Roberto Mariz, este domingo, na Sé.

A Igreja Católica está a viver o Ano Santo 2025, o 27.º jubileu ordinário da história da Igreja, com o tema ‘Peregrinos de Esperança’, e na Diocese do Porto o primeiro jubileu foi dos leitores, celebrado no ‘Domingo da Palavra de Deus’.

“O peregrino precisa de um impulso para iniciar a caminhada, de uma meta, de um rumo e das diretrizes para o conduzir no caminho. ‘Peregrinos de Esperança’ temos na Palavra de Deus a fonte, o caminho, as diretrizes e a meta na nossa peregrinação existencial”, explicou o bispo auxiliar do Porto, na homilia enviada hoje à Agência ECCLESIA.

D. Roberto Mariz afirmou que neste jubileu da Diocese do Porto “sobressai o Ministério dos Leitores’, um ministério “estruturante na vivência litúrgica”, nomeadamente na Eucaristia.

O bispo auxiliar do Porto, a partir das leituras proclamadas, explicou que a “Palavra de Deus é fonte de esperança para a existência humana”, e fermento para construção de um mundo novo, o que é visível nos efeitos e compromissos da “escuta dócil e atenta da Palavra de Deus”.

Neste sentido, o presidente da celebração destacou quarto traços que sobressaem hoje: ‘Coração dócil’, ‘alegria’, ‘generosidade’, e incentivou a “olhar para os outros irmãos e irmãs, partilhando com generosidade”, porque a alegria multiplica-se “na caridade”, e ‘unidade’.

D. Roberto Mariz indicou também a “valorização da Sagrada Escritura” através de três momentos “marcantes da história eclesial recente”: A Constituição Dogmática ‘Dei Verbum’, documento do Concílio Vaticano II; a Exortação Apostólica ‘Verbum Domini’, do Papa Bento XVI, depois do Sínodo os Bispos sobre a Palavra de Deus; e a instituição do ‘Domingo da Palavra de Deus’ do Papa Francisco.

A Igreja Católica celebrou o ‘Domingo da Palavra de Deus’, data anual instituída pelo Papa Francisco no Terceiro Domingo do Tempo Comum, que este ano realizou-se no dia 26 de janeiro.

Na homilia, intitulada ‘Palavra de Deus: Cria Comunhão, Gera Alegria e Alimenta a Esperança!’, D. Roberto Mariz explicou que a palavra que tem um rosto, que é “Jesus – Palavra encarnada”.

“Jesus é rosto vivo e atuante da Palavra de Deus. Jesus é o pleno cumprimento da Palavra de Deus. Jesus ressuscitado é o ‘ponto de luz’ para interpretação de toda a Escritura”, realçou.

No Sé do Porto, o bispo auxiliar destacou a “íntima união entre ambão e altar”, e explicou que a Palavra de Deus “bem proclamada e docilmente acolhida” conduz da Mesa da Palavra ao Altar onde Jesus “se oferece pela salvação”, porque só chegam ao “altar depois do ambão e o ambão nos impulsiona para o altar”.

O Ano Santo 2025 proclamado pelo Papa Francisco na bula intitulada ‘Spes non confundit’ (A esperança não engana); o Ano Santo teve início no dia 24 de dezembro de 2024, com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, e vai terminar no dia 6 de janeiro de 2026.

“A Palavra de Deus é uma Porta Santa que precisa de ser palmilhada continuamente para sermos habitados pela esperança e alegria, fazedores de comunhão e comprometidos na Igreja e no mundo”, afirmou D. Roberto Mariz, na homilia da celebração.

CB/OC

 

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