Administrador apostólico da diocese apelou a «compromisso de serviço»
Porto 09 dez 2013 (Ecclesia) – D. Pio Alves, administrador apostólico da Diocese do Porto, presidiu este domingo à ordenação de nove diáconos e se dispuseram a “assumir o compromisso de serviço à Igreja e à Sociedade” este domingo, na catedral.
“Ser diácono é, literalmente, servir. Em primeiro lugar, no culto – na liturgia – e na atenção aos pobres, sob a orientação do pároco ou do responsável da respetiva comunidade”, explicou, na homilia da celebração, enviada à Agência ECCLESIA.
Aos novos diáconos permanentes, oito dos quais casados, o prelado destacou que a “unidade é um bem sem qual tudo o resto pode ser posto em causa” e “só assim” terão “garantida a verdadeira fecundidade da resposta a esta chamada”.
Nesse sentido, os diáconos deverão também continuar a cuidar “de modo exemplar” das “obrigações familiares e os correspondentes compromissos profissionais” porque desde este domingo passaram “a ter, mais do que até agora, os olhares da comunidade”.
O diaconado exercido por candidatos ao sacerdócio só é concedido a homens solteiros, enquanto os diáconos permanentes, também do sexo masculino, devem ter mais de 35 anos e podem ser casados.
O diácono, palavra de origem grega que pode traduzir-se por servidor, é especialmente destinado na Igreja Católica às atividades caritativas, a anunciar a Bíblia e a exercer funções litúrgicas, como assistir o bispo e o padre nas missas, administrar o Batismo, presidir a casamentos e exéquias, entre outras funções.
D. Pio Alves relembrou uma passagem do Papa Francisco na exortação apostólica “Evangelii Gaudium” [n.º 287] sobre Nossa Senhora para assinalar que o “caminho na nova condição na Igreja não pode deixar de ter marcas”.
No dia da solenidade litúrgica da Imaculada Conceição, o administrador apostólico da Diocese do Porto destacou a resposta de Maria e revelou que “o temor não tem lugar na relação pessoal com Deus”.
Uma jovem, simples e pobre, coopera para repor a viabilidade do eterno desígnio universal de salvação. Assim também, todos e cada um, na nossa irrepetível singularidade, somos beneficiários da generosa correspondência de quantos nos precederam”, acrescentou.
Segundo D. Pio Alves, dessa mesma forma todos são “igualmente responsáveis pela real felicidade” dos seus contemporâneos e dos que depois “retomarão o lugar na Igreja e na Sociedade”.
CB/OC