Bispo elogia «inúmeras instituições alimentam a esperança e antecipam o tempo novo», na sua homilia de Páscoa
Porto, 31 mar 2024 (Ecclesia) – O bispo do Porto destacou hoje, na sua homilia de Páscoa, o “valor ético” do 25 de Abril, no 50.º aniversário da revolução de 1974, e elogiou as instituições que “alimentam a esperança”.
“O cinquentenário dessa data compromete-nos. Compromete-nos, na esperança, para cumprimos os seus sonhos e ideais, pois, como diria Fernando Pessoa, ‘falta cumprir-se Portugal!’”, declarou D. Manuel Linda, numa intervenção publicada pelo site da Diocese do Porto.
“Não obstante o titubear típico das idades tenras, ele constituiu o patamar sólido da nossa democracia, da efetiva salvaguarda da dignidade pessoal e da real meta dos direitos humanos. Claro que continuam presentes muitos desafios. Mas serão vencidos, até pela longa experiência que temos enquanto povo e nação com tantos séculos de história”, acrescentou.
Na festa mais importante do calendário católico, D. Manuel Linda apresentou a Páscoa da Ressurreição de Jesus como “centro e fundamento” da fé.
“Celebrá-la é sempre um convite para revermos a nossa relação com Deus, mas também com o mundo e connosco próprios”, acrescentou.
Na nossa Diocese e na sociedade civil, inúmeras instituições alimentam a esperança e antecipam o tempo novo. É o que se vê em paróquias acolhedoras e vivas, no serviço da caridade tu-a-tu ou de forma organizada, nos grupos de interajuda, convívio e solidariedade, na cooperação missionária e ajuda ao desenvolvimento, na reintegração daqueles a quem a vida colocou à beira do caminho”.
O responsável católico elogiou quem atua em favor de “grandes causas como a abolição da pena de morte, o fomento de uma consciência ética no setor financeiro e económico, a luta contra o fabrico e comercialização das armas”.
“Isto é belo. Isto é o resultado do fermento da Páscoa”, sustentou D. Manuel Linda.
O bispo do Porto sublinhou que a ressurreição “convida à esperança”, “à novidade, a um mundo de sorrisos e uma humanidade alegre”.
A homilia deixou uma referência à consulta aos jovens da diocese, que será lançada nas próximas semanas, em volta da questã “Porto, que procuras? Vinde e vede”.
“Os jovens estão a ser promotores de uma Igreja nova. Basta olhar para a Jornada Mundial da Juventude e para o que se verifica com tantos movimentos juvenis que se alimentam da espiritualidade e difundem espiritualidade”, indicou.
OC