Porto: D. Manuel Linda pede «novas ousadias» no Jubileu dos Coros

Encontro reuniu cerca de 2 mil vozes na Nave de Espinho

Foto: Voz Portucalense/RS

Espinho, 23 nov 2025 (Ecclesia) – O bispo do Porto exortou hoje as comunidades católicas a assumir “novas ousadias” face ao “indiferentismo”, durante o Jubileu dos Coros que reuniu cerca de duas mil vozes na Nave de Espinho.

A celebração, que assinalou a Solenidade de Cristo Rei, juntou coralistas de toda a diocese e o Destacamento do Porto da Banda do Exército numa “harmonia de louvor” coordenada pelo Serviço Diocesano de Música Litúrgica.

D. Manuel Linda alertou para o atual contexto global, marcado pelo “mundo cultural do indiferentismo, individualismo, materialismo e consumismo”, sublinhando que este cenário deixa “novas vítimas no caminhar histórico da humanidade”.

“Os cristãos são chamados a novas ousadias, superiores propostas, fermentação de novos valores”, declarou o responsável católico na sua homilia, citada pelo jornal diocesano ‘Voz Portucalense’.

Perante uma assembleia que encheu o recinto, o bispo do Porto destacou a ligação intrínseca entre o culto divino e a atenção ao próximo, afirmando que “celebrar a divina liturgia” implica necessariamente “voltarmo-nos para os irmãos”.

“Depois da Incarnação de Jesus, depois de se ter feito carne da nossa carne, é impossível separar a sua Pessoa da pessoa do irmão que lhe reflete o rosto, especialmente o pobre e o último”, sublinhou.

Dirigindo-se especificamente aos compositores, maestros, músicos e animadores presentes, D. Manuel Linda valorizou o seu ministério como um serviço à dignidade humana.

“Quando exerceis o vosso ministério e auxiliais os outros a glorificar o Deus Salvador, estais a ajudar a humanidade a reconhecer a sua dignidade de imagem e semelhança de Deus e filhos no Filho”, afirmou.

O responsável diocesano recordou ainda a instituição da Solenidade de Cristo Rei pelo Papa Pio XI, em 1925, como resposta a uma “nova cultura totalitária que grassava pela Europa”.

Para D. Manuel Linda, a data serve para reafirmar que “o único Senhor que não espezinha, mas promove a dignidade humana, é Cristo”.

Esta celebração foi coordenada pela equipa do Serviço Diocesano de Música Litúrgica, sob a liderança do maestro Emanuel Pacheco.

“Ao cantardes a beleza de Deus e ao celebrardes a beleza do homem novo recriado em Jesus Cristo, dai-vos conta de que estais a colaborar na grandiosa obra de evangelização”, concluiu o bispo do Porto.

OC

Partilhar:
Scroll to Top