Homilia do Domingo de Páscoa apresentou ressurreição de Jesus como sinal de esperança






Porto, 20 abr 2025 (Ecclesia) – O bispo do Porto evocou hoje, na homilia do Domingo do Porto, o “desespero e o desânimo de tantos”, apresentando a ressurreição como sinal de esperança para o “mundo atual, frágil e desintegrado”.
A intervenção, divulgada pelo jornal diocesano ‘Voz Portucalense’, falou das “lágrimas e mortes violentas, individualismos que criam cisão, retrocesso dos direitos humanos”.
“Para aqui chegarmos, ao longo de oito dias, desde o Domingo de Ramos, tivemos de realizar uma longa peregrinação espiritual”, indicou D. Manuel Linda.
“Introduzimo-nos no meio da multidão de Jerusalém que aclamou a sua entrada na cidade santa; fomos com Ele ao cenáculo para ver de perto a maravilha da Eucaristia e do Sacerdócio que a celebra; acompanhamo-lo, porventura com algumas lágrimas incontidas, na sua via dolorosa, desde o jardim das oliveiras, nos vários julgamentos e na condenação à morte e crucifixão”, acrescentou.
O responsável católico pediu a recusa do materialismo e a abertura ao espiritual num mundo que deseja fraternidade.
“Anseia chegar a um momento de vida em plenitude e com sentido, de alegria que seja autêntica, de fraternidade assumida, de convivência autenticamente familiar, de sadia colaboração para o bem de todos, de paz harmoniosa e definitiva, de uma luz que envolva a existência e a cultura humanas e lhes conceda grandeza e felicidade, de recusa do materialismo e abertura ao espiritual”, disse o bispo do Porto.
D. Manuel Linda alertou para um cenário de “guerra e morte cientificamente programadas, o empobrecimento das nações e a privação da liberdade religiosa, enfim, falta de sentido, medos do futuro e a sempre possível guerra total”.
A intervenção realçou a “novidade pascal” que oferecer “a certeza da contínua humanização, do fortalecimento dos direitos humanos e dos direitos dos povos e nações, de uma cultura de fraternidade como ideal tangível”.
“Ânimo, pois, caros cristãos. Não deixemos que nenhum sofrimento soterre as nossas razões de viver, pois o Senhor removeu todas as lápides sepulcrais. Cantemos a vida nova, já que Cristo é o garante dela. Ele está connosco”, concluiu.
OC