Matosinhos, Porto, 11 jun 2014 (Ecclesia) – O bispo do Porto presidiu esta terça-feira à Festa do Senhor de Matosinhos, que considerou como “expressão verdadeira, expressiva, bela” de uma fé que deve levar ao encontro dos mais pobres.
“A cruz do Bom Jesus fala-nos da beleza da identidade cristã e ensina-nos a ser cireneus aliviando o peso da dor de tantos irmãos e irmãs, para que não falte a esperança da liberdade aos que procuram Deus no rosto de Cristo Crucificado”, declarou D. António Francisco dos Santos, na homilia da Missa a que presidiu.
O prelado pediu que a Igreja saiba viver em “permanente atitude profética”, decidida a percorrer o seu caminho “na pobreza e na humildade, no despojamento e na entrega, capaz de dar espaço alargado e ânimo consistente aos que se sentem pequenos e pecadores”.
“Senhor, Bom Jesus, é o vosso rosto que procuramos. Fazei que vos encontremos nos pobres, nas pessoas esquecidas, nos homens e mulheres magoados pela vida, feridos pelo desemprego, traídos pela injustiça”, acrescentou o bispo do Porto.
D. António Francisco dos Santos recordou que os peregrinos veneram em Matosinhos a mais antiga imagem de Cristo Crucificado, de tamanho natural, em Portugal, “com o carinho da presença, com a verdade da oração e com a beleza das flores”.
“De Matosinhos, esta devoção irradiou, ao longo dos séculos, para outras terras, levando o que de melhor em nós há, que é a beleza da nossa alma de gentes moldadas pelo mar, pelo trabalho e pela alegria da fé que em nós habita”, referiu.
OC
