Porto: Congresso dos 900 anos da restauração da Diocese abre novo ciclo

Responsáveis sublinham importância do conhecimento histórico para projetar o futuro

Porto, 18 out 2014 (Ecclesia) – A Diocese do Porto encerra hoje o colóquio internacional dedicado aos 900 anos da sua restauração, com o qual quer começar um novo ciclo de atividades históricas, culturais e religiosas.

O presidente da Comissão Científica desta iniciativa, Luís Carlos Amaral, disse à Agência ECCLESIA que os trabalhos visaram o estudo da “reconstituição de um poder que não é apenas eclesiástico mas também civil”, no meio de um território onde existiam um conjunto de instituições estabelecidas.

O especialista recorda que o processo de formação de Portugal “resulta de várias circunstâncias”, incluindo o “entrelaçar muito estreito de poderes eclesiásticos e civis”.

“O Porto é reconstruído num momento em que esta conjuntura está a acelerar”, assinala.

O colóquio, com conferencistas portugueses e internacionais, conta com a participação de cerca de 170 pessoas, entre professores universitários, investigadores e estudantes vindos das regiões de Coimbra, Lisboa, Porto e Minho.

Esta é a primeira das iniciativas que, ao longo dos próximos 12 meses, vão assinalar os 900 anos da restauração da Diocese do Porto, incluindo um ciclo de conferências sobre as várias dimensões desta Igreja local e uma encenação teatral na Sé, para recordar a chegada do bispo Hugo, em 1114.

Para D. António Francisco dos Santos, atual bispo do Porto, este projeto visa evocar os “protagonistas da afirmação da fé” há nove séculos, depois da reconquista cristã.

Segundo o prelado, este é ainda “um momento para lançar caminhos novos” na diocese, para que este nono centenário seja vivido “de olhos postos no futuro”.

A partir do conhecimento histórico, acrescenta o bispo do Porto, será possível “descobrir valores, encontrar pessoas e perceber dinâmicas e intuições pastorais”.

O objetivo de D. António Francisco dos Santos é mobilizar as mais de 470 paróquias neste “desafio novo”, em volta do lema ‘A alegria do Evangelho é a nossa missão’.

Nesse sentido, o responsável pede que as comunidades católicas “vão ao encontro de todos”, “sobretudo daqueles que mais precisam e mais sofrem”, sem esperar que os outros venham ter com eles.

A iniciativa decorre no Seminário Maior de Nossa Senhora da Conceição.

CB/OC

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