Novos membros do clero têm à espera um mundo que precisa de «solidariedade», disse D. Manuel Clemente
Porto, 10 dez 2012 (Ecclesia) – O bispo do Porto pediu este sábado aos novos diáconos permanentes da diocese para darem o melhor de si na missão que a Igreja lhes confia e que, segundo D. Manuel Clemente, Portugal precisa.
“Certamente sentis que esta hora que vivemos, na sociedade que integramos e na Igreja que somos, não pede menos do que tudo, em termos de reposta solidária e criativa”, afirmou o prelado na missa em que ordenou 14 diáconos, 13 dos quais permanentes, refere o site diocesano.
Os novos membros do clero têm à sua espera “um mundo que ainda mais precisa daquela solidariedade que em Cristo encontrou o seu ponto absoluto” e que constitui a “única definição” da Igreja Católica.
O primeiro dos três graus do sacramento da Ordem representa a atitude de Jesus “na atenção aos mais pobres e fragilizados”, bem como “na concretização de tudo quanto aproxima o mundo do altar e o altar do mundo”, uma referência à ajuda prestada pelos diáconos aos padres e bispos nas celebrações litúrgicas.
Ao desempenhar estes serviços “com diligência”, os diáconos “motivam os crentes em geral para idêntica atitude, de serviço a todos e prontidão constante”, salientou o vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.
Na diocese do Porto “os diáconos demonstram já, em diversas comunidades e serviços, a conveniência deste grau da Ordem”, seguindo a tendência do crescimento gradual que se verifica na Igreja, referiu o bispo do Porto.
D. Manuel Clemente frisou ainda que deve haver “um discernimento eclesial lúcido e atento” para discernir “os sinais concretos” de vocações sacerdotais, religiosas, laicais e diaconais.
No caso dos diáconos, devem ser identificados os fiéis “mais disponíveis”, “humildes”, “generosos” e aptos a “acolher” e “unir” as comunidades católicas, apontou.
O diácono, palavra de origem grega que pode traduzir-se por servidor, é especialmente destinado na Igreja Católica às atividades caritativas, a anunciar a Bíblia e a exercer funções litúrgicas, como assistir o bispo e o padre nas missas, administrar o Batismo, presidir a casamentos e exéquias, entre outras funções.
O diaconado exercido por candidatos ao sacerdócio só é concedido a homens solteiros, enquanto que os diáconos permanentes, também do sexo masculino, devem ter mais de 35 anos e podem ser casados.
RJM