«Uno-me a quantos nunca esqueceram a tragédia», escreve D. Manuel Linda, no 20.º aniversário do acidente
Porto, 04 mar 2021 (Ecclesia) – O bispo do Porto evocou hoje a memória das 59 vítimas mortais da queda da Ponte Hintze Ribeiro, que ligava Entre-os-Rios a Castelo de Paiva, no 20.º aniversário do acidente.
“Cumprem-se hoje 20 anos da queda da ponte de Entre-os-Rios que causou a morte a 59 pessoas do simpático Concelho de Castelo de Paiva. Uno-me a quantos nunca esqueceram a tragédia e ofereço a Missa de hoje pelos que lá morreram e pelo conforto espiritual das suas famílias”, escreve D. Manuel Linda, na sua conta do Twitter.
O Município de Castelo de Paiva assinala hoje o aniversário da derrocada, com um programa que incluiu a Missa na Igreja Paroquial de São João Batista (Raiva), transmitida online, com a bênção de 59 flores, seguido de colocação de coroa floral no cemitério local.
As flores colocadas junto ao Monumento Anjo de Portugal vão ser lançadas ao Rio Douro, durante o dia, pelos familiares das vítimas; pelas 19h00 decorre nova cerimónia de homenagem, com o lançamento de 59 flores ao Rio Douro, desde o tabuleiro da Ponte Hintze Ribeiro.
O presidente da República Portuguesa publicou uma mensagem para este aniversário, evocando as vítimas mortais da tragédia.
Marcelo Rebelo de Sousa recorda o dia 4 de março de 2001 como “um momento difícil que marcou a história recente de Portugal, respeitando a memória dos que partiram, mas também a coragem dos que ficaram”.
“Duas décadas volvidas podemos, sem nunca esquecer o passado, reconhecer o futuro que a tragédia inspirou. Homenagear as vítimas de Entre-os-Rios é também saudar o seu legado, exemplo de solidariedade, perpetuado na obra que comunidade, famílias e amigos construíram em seu nome”, acrescenta a nota divulgada no site da Presidência de República.
A Ponte Hintze Ribeiro, que ligava Entre-os-Rios, no concelho de Penafiel, distrito do Porto, e Castelo de Paiva, no distrito de Aveiro, colapsou na noite de 4 de março de 2001, arrastando para as águas do rio Douro um autocarro, no qual seguiam 53 passageiros, e três automóveis com seis pessoas; não houve sobreviventes.
Em 2003, foi inaugurado um monumento em memória das vítimas mortais, em Castelo de Paiva, da autoria do arquiteto Henrique Coelho, designado “Anjo de Portugal”.
OC