Corpo de Deus celebrado com procissão nas ruas da cidade
Porto, 08 jun 2015 (Ecclesia) – O bispo do Porto explicou este domingo que “depois de cada Eucaristia” existe o convite a “refazer o caminho da missão” que leva ao encontro dos outros principalmente os “irmãos” mais necessitados, na Solenidade do Corpo de Deus.
“Não podemos aceitar estatísticas que nos falem impunemente de tantos irmãos sem pão, sem esperança, sem trabalho e sem futuro e que nos deixem insensíveis, inertes e inativos”, disse D. António Francisco dos Santos.
Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o prelado afirmou que “o pão da Eucaristia, o alimento da fé, o fruto do trabalho humano” não é para “comer” sozinhos: “Não podemos despedir as multidões convocadas para a mesa do Senhor, famintas da sua palavra e do seu alimento.”
Neste contexto, o bispo do Porto assinalou que depois de cada Eucaristia há o convite a “refazer o caminho da missão” que leva ao encontro da multidão “daqueles por quem Jesus entregou o seu Corpo e derramou o seu Sangue”.
“Este é o necessário e desafiante caminho do dom da nossa vida. Assim como Jesus ofereceu a sua vida por nós assim nós saibamos repartir a vida pelos nossos irmãos”, desenvolveu D. António Francisco dos Santos que na Igreja do Porto quer que se celebre e multiplique o “Pão da Vida em cada comunidade cristã”.
“Devemos ser comunidades que vivem, testemunham e irradiam esta força que se encontra na Eucaristia para anunciar esta verdade do Evangelho que nos fala de um reino onde se reparte com abundância o alimento do Senhor e se multiplica com justiça o pão na mesa dos pobres”, acrescentou.
Segundo o bispo diocesano, Jesus hoje também usa a “mesma pedagogia” de chamar os discípulos a percorrerem caminhos “novos, incertos e desconhecidos” de encontro com a cidade, para “fazer acontecer a salvação”.
Na Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo o prelado destacou a importância do “encontro diário ou semanal com a Eucaristia” de todo o povo crente – irmãos diáconos, irmãos e irmãs consagrados e leigos – cujos dias muitas vezes “se percorrem, afogados em preocupações e cansaços”.
“Se não há este encontro com Jesus na Eucaristia a nossa vida torna-se tíbia, inconsistente, sem beleza, sem sabor e sem sentido”, frisou D. António Francisco dos Santos.
CB/OC
