Porto, 05 fev 2016 (Ecclesia) – O bispo do Porto desafiou os consagrados e consagradas da diocese a promover uma maior aproximação aos refugiados, sem-abrigo e ex-reclusos.
“Rezemos também para que a Igreja, com as suas casas, hospitais, colégios e sobretudo connosco, seus sacerdotes e consagrados, abra o coração aos refugiados que gritam pela vida, que procuram uma pátria, que veem inacessível ao longe a terra de pão, de liberdade e de paz”, disse D. António Francisco dos Santos, na homilia no encerramento do Ano da Vida Consagrada, enviada hoje à Agência ECCLESIA.
A celebração decorreu esta terça-feira na Catedral do Porto e ficou marcada pelos apelos à criação de “caminhos novos para acolher os sem-abrigo e não apenas para os manter sem lugar”, alimentando-os “na rua”.
O bispo do Porto defendeu a necessidade de “receber, inserir e dar suplemento de esperança aos ex-reclusos”, saídos estabelecimentos prisionais, “aos doentes e idosos esquecidos” nos lares e hospitais.
“Este Ano da Vida Consagrada traz-nos ainda um renovado imperativo para inverter a cultura de ódio, de violência doméstica, de recrudescimento de suicídios nas terras que habitamos e nas ruas que percorremos”, acrescentou.
O bispo do Porto elogiou e agradeceu pela ação das comunidades religiosas da diocese, dos vários institutos seculares e das diferentes formas de vida consagrada.
“Procuremos dar novo vigor, acrescido encanto e linguagem atual ao anúncio da Alegria do Evangelho junto dos que vivem em periferias onde ninguém vai e acolher aqueles que batem à porta da Igreja e nos encontram ocupados ou distraídos com tantas coisas”, apelou.
OC