Porto, 20 abr 2014 (Ecclesia) – O bispo do Porto afirmou hoje na catedral da diocese que os católicos devem ajudar a enfrentar a “realidade complexa” do momento atual, alertando para a possibilidade de “conflitos sociais”.
“Esta ansiedade pode conduzir-nos a sobressaltos e conflitos sociais que coloquem em questão um pacífico e sereno viver comum. Precisamos neste momento da sabedoria, da lucidez e da determinação de todos para que o diálogo seja a chave da harmonia e da concertação entre todos os cidadãos e para que um futuro de consenso, de justiça e de progresso seja possível”, declarou D. António Francisco dos Santos, na homilia da Missa do Domingo de Páscoa.
O prelado destacou a importância de promover “um modo novo de ser humano, de estar na sociedade e de servir o bem comum”.
“Devemos participar nos esforços comuns para que haja equidade e justiça na Sociedade; temos responsabilidades na consciência coletiva a criar para que se eduquem as novas gerações para uma vida sóbria, para uma partilha solidária, para um testemunho cristão feliz”, apelou, numa intervenção enviada à Agência ECCLESIA.
D. António Francisco dos Santos sustentou que “a fé, a esperança e a caridade cristãs, radicadas na Páscoa de Jesus”, têm uma palavra a dizer na ação da Igreja e no “rumo do viver” dos portugueses, como país.
“Todos sentimos que neste tempo confuso e fragmentado por tantas e desnecessárias divisões, diminuem as esperanças de prosperidade e aumentam as inquietações perante o futuro e isso gera ansiedade nas famílias a braços com acrescidas dificuldades”, observou.
Este sábado, durante a Vigília Pascal, o bispo do Porto tinha convidado ao anúncio da Páscoa em todos os lugares.
“O tempo pascal, intenso e prolongado, é de si inspirador e mobilizador de iniciativas que podem ser uma oportunidade evangelizadora de abertura da Igreja ao mundo e de acolhimento fraterno de tantos que, a partir destes momentos e por ocasião das mais diversificadas celebrações festivas, tão frequentes neste tempo, se abrem a Cristo e se aproximam da Igreja”, precisou.
OC