Porto: Bispo afirma que o Natal é um tempo de vida e de gestos «sem embargo»

D. António Francisco dos Santos passa consoada no «Natal dos Sós»

Porto, 23 dez 2014 (Ecclesia) – O bispo do Porto afirma na mensagem de Natal que este tempo é “feito de vida, de gestos e de pessoas”.

“Procuremos fazer do Natal de 2014 tempo de alegria, de esperança, de paz, de misericórdia, de bondade e de reconciliação”, afirma D. António Francisco dos Santos na Mensagem intitulada "Um Natal sem embargo".

O bispo do Porto destaca que este tempo, “mais do que de palavras”, é feito “de vida, de gestos e de pessoas”, por isso, recorda as famílias “feridas pela morte prematura”; magoadas pela doença; atingidas pela “rutura do amor” ou a viverem a “provação da falta de trabalho”.

“Sei que para estas famílias o Natal é mais difícil mas mais necessário”, escreve recordando ainda as “lágrimas” de mães que “choram a morte dos seus filhos” e das famílias separadas pela “emigração forçada pela crise social” ou “imposta pelas guerras e desavenças políticas” do Mundo.

Para D. António Francisco dos Santos, este período particular é tempo para “saudar as pessoas e agradecer as instituições” que realizam o bem para que o Natal “aconteça e esteja ao alcance de todos”.

O bispo do Porto recorda que a missão pastoral da diocese é a “alegria do evangelho”, onde existem casas e comunidades de “portas abertas onde todos possam entrar e celebrar Natal”.

"O Natal é para os cristãos e para os homens e mulheres de boa vontade um tempo para que Deus nasça no coração humano e uma escola onde o bem, a bondade, a solidariedade e a alegria do evangelho se vivem, se encontram, se aprendem e se ensinam", sustenta D. António Francisco.

Na mensagem de Natal, o bispo do Porto informa que vai participar na Consoada dos “Sós”, na noite de Natal, e o domingo após o Natal, dia litúrgico da Família de Nazaré, com os sem-abrigo numa das paróquias do centro do Porto.

“Queremos sentar os pobres à nossa mesa de Natal, mas precisamos, também nós, de nos sentarmos à mesa dos pobres e com eles partilharmos a vida, afirmarmos a nossa presença solidária e testemunhamos a beleza da fé para que não haja espaços vazios que ninguém ocupe, caminhos que ninguém percorra, pessoas que ninguém conheça, visite ou ame”, sublinha D. António Francisco dos Santos.

Na mensagem "Natal sem embargo", o bispo do Porto recorda a “ajuda discreta, silenciosa e eficaz” do Papa Francisco no relacionamento entre Cuba e os Estados Unido, a "melhor prenda de aniversário para o Papa Francisco" e também "uma grande bênção de Natal para o Mundo”.

CB/PR

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