Natal: Bispo do Funchal sublinha necessidade de regressar ao nascimento de Jesus para olhar «o horizonte com renovada frescura» (atualizada)

D. Nuno Brás lembra acontecimento de há 2024 anos em que «a esperança de toda a humanidade adquiriu um nome, um rosto»

Foto: Agência ECCLESIA/OC

Funchal, Madeira, 25 dez 2024 (Ecclesia) – O bispo do Funchal afirmou na Missa da Noite de Natal, na Sé, a necessidade de regressar a Belém, ao nascimento de Jesus, para “olhar o horizonte com renovada frescura”.

“Sim, precisamos sempre — nós, a quem o pecado envelhece não apenas o corpo como, sobretudo, a alma — precisamos de regressar ao início, ao fundamento: é a condição para nos deixarmos renovar constantemente pelo Evangelho, pela Boa Notícia”, disse D. Nuno Brás, na homilia enviada à Agência ECCLESIA.

Segundo o bispo, cristãos regressam ao sucedido há 2024 anos, porque esse acontecimento histórico “oferece a garantia, a capacidade de olhar o horizonte com renovada frescura”.

“Certos da sua primeira vinda na história, podemos esperar a Sua vinda final”, realçou.

D. Nuno Brás recordou aquele primeiro dia de Natal, em que “a esperança deixou de ser, apenas, olhar para o horizonte, para o futuro”.

“A esperança de toda a humanidade adquiriu um nome, um rosto: é ‘aquele Menino que haveis de encontrar, envolto em panos e deitado na manjedoura’”, salientou.

O bispo referiu que “jamais se tinha escutado que um deus se tivesse feito homem”.

“Mas se, há 2024 anos, Deus se fez homem em Jesus de Nazaré, tal como anunciaram os Anjos e adoraram os pastores e os magos, então, podemos percebê-lo no meio de nós, a nascer nos nossos corações, na nossa família, na nossa comunidade!”, assinalou.

Na homilia, D. Nuno Brás enfatizou que Jesus virá, “na sua glória, para colocar um ponto final no tempo, iluminar definitivamente as trevas — aquelas do ódio, da guerra, do pecado — e para oferecer a todos o seu amor salvador”.

“Nesta noite, uma vez mais, também nós nos erguemos e caminhamos para o Presépio: vale a pena ir ao encontro do Menino e reconhecê-lo. Nesta solenidade, 2024 anos depois, deixemo-nos inebriar pelos cânticos e pela luz divina que, ainda hoje, brotam do Presépio onde nasceu Jesus, e que aos nossos sentidos dão a certeza de que o Salvador nasceu para nós!”, concluiu.

Foto: Agência ECCLESIA/OC

Já na homilia do dia de Natal, celebrada hoje, D. Nuno Brás sublinhou que “Deus introduz na história humana uma lógica radicalmente nova”, sustentando que só “a lógica do diálogo (e não a lógica da guerra e da violência) pode conduzir o autêntico progresso do ser humano”.

“Quando Deus se mostra — quando entra neste diálogo que é a revelação (falando-nos como um amigo fala com o seu amigo) — Ele corre sempre, conscientemente, o risco da fragilidade”, acrescentou, a partir da passagem do Evangelho de São João lida na celebração.

‘O Verbo fez-se carne e habitou entre nós’. Mostrou-nos Deus que é Amor; fez-se nosso irmão sem deixar de ser verdadeiro Deus; e, assim, lançou os fundamentos de um mundo novo. Deixemo-nos invadir por esta Boa Notícia e deixemo-nos transformar por ela. Santas festas de Natal para todos”.

No final da Missa, o bispo do Funchal deixou saudações de Natal aos peregrinos e turistas presentes, em várias línguas.

A celebração do Natal, que no Cristianismo assinala o nascimento de Jesus, iniciou-se um pouco por todo o mundo na noite anterior ao dia 25 de dezembro, seguindo uma tradição que remonta aos primórdios da Igreja de Roma.

LJ/OC

Notícia atualizada às 12h33 de 25 de dezembro

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