Cerca de dois milhões de euros vão ser aplicados no auxílio a «pessoas desempregadas ou com rendimentos insuficientes»
Porto, 23 abr 2013 (Ecclesia) – Um programa de emergência social delineado pela Junta Metropolitana do Porto, em conjunto com a Igreja Católica local, vai permitir canalizar cerca de dois milhões de euros para o apoio às populações mais carenciadas da região.
Em entrevista concedida hoje à Agência ECCLESIA, o padre Lino Maia, assistente do Secretariado Diocesano de Pastoral Social e Caritativa, adianta que o projeto proposto pelo organismo liderado por Rui Rio pretende ajudar sobretudo “pessoas desempregadas ou com rendimentos insuficientes para suportarem todos os encargos”.
Estão também já definidas outras “duas áreas” de desenvolvimento prioritário: “o apoio à educação e à saúde”, refere o sacerdote.
A Junta Metropolitana do Porto decidiu avançar para a criação deste programa depois de verificar a existência de um excedente positivo de cerca de três milhões de euros nas suas contas.
Na primeira apresentação pública do projeto, veiculada através da página da Câmara Municipal do Porto na internet, Rui Rio revela que “dois terços” daquela soma serão aplicados para socorrer “famílias que por força da crise estão hoje em situação social muito complicada”.
O autarca admite que a ajuda financeira poderá começar a ser distribuída a partir de maio, depois de aprovada toda a documentação necessária.
Apesar do plano ter uma “escala metropolitana”, mais do que atender às necessidades de cada município, a Junta quer responder aos problemas específicos das pessoas, contando para isso com a experiência da Igreja Católica no terreno.
De acordo com o padre Lino Maia, a Diocese do Porto associa-se a esta iniciativa “com muito entusiasmo”, porque “faz das pessoas o seu caminho e quer que elas vejam os seus problemas enfrentados e superados”.
“A estrutura diocesana, com os seus serviços centrais, foi convidada a prestar uma espécie de assessoria para acudir ao quadro de emergência, identificar e responder de facto aos casos mais prioritários”, salienta o atual presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social.
Depois de apontadas as franjas mais frágeis, será a vez das “paróquias” ou dos grupos ligados à Igreja, como as “conferências vicentinas”, atuarem na repartição local das verbas disponibilizadas pela Junta Metropolitana do Porto.
Este programa vem reforçar o apoio socioeconómico que a Igreja Católica tem prestado na Diocese, por intermédio do Fundo Diocesano de Solidariedade, direcionado para “situações especialmente graves” de carência e usado também para a promoção do autoemprego”, realça o padre Lino Maia.
JCP