Responsável diocesana sublinha papel das famílias na transmissão da fé
Espinho, Aveiro, 30 set 2013 (Ecclesia) – A diretora do Secretariado Diocesano de Educação Cristã da Infância e Adolescência do Porto afirmou à Agência ECCLESIA que o novo ano catequético deve ter como prioridade um maior dinamismo e a relação com os pais.
Para Maria Isabel de Oliveira, há hoje três desafios aos catequistas na missão de transmitir a fé: “O primeiro é encontrarem-se profundamente com Jesus Cristo, viver ao jeito dele” depois esse desafio permite que sejam capazes de “dar a ver e a transpirar Jesus aos outros” e por último têm de “ir ao encontro” de quem já se esqueceu da fé ou “porventura estão muito longe”.
A sociedade para além de outros valores apresenta também novidades que podem ser consideradas distrações mais cativantes do que a catequese, que a transmissão da fé mas para Maria Isabel de Oliveira “há coisas que não lhes dão”, como “entrar dentro de si, encontrar-se com alguém que lhes dê esperança, fazer experiências de silêncio, de oração e de viver com o outro em comunidade”.
A responsável pela Educação Cristã da Infância e Adolescência, da Diocese do Porto, explicou que a nível local, e nacional, existem experiências que estão a ser “muito boas”, como “a leitura orante na catequese” onde a criança/adolescente durante a hora de formação “metade do tempo o passam em silêncio”.
Os pais desempenham um papel “fundamental” na educação da fé uma vez que esta “é impossível sem a colaboração da família”.
Nesta colaboração fundamental, o catequista tem outro desafio que é “evangelizar” esta mesma família e “criar laços” para que o adulto tenha “desejos de viver a fé” e a transmita.
A catequese da Diocese do Porto está a tentar criar um dinamismo de “reflexão catequético” porque a experiência de catequese dos atuais catequistas não é igual à dos seus catequizados e ainda estão “longe de chegar a uma catequese de iniciação”, assinalou a responsável.
Por isso, este sábado, em Espinho (Distrito de Aveiro, Diocese do Porto), no início do Ano Catequético, os responsáveis pelo setor propuseram o tema ‘Educar para a comunidade’, para que esta reflexão seja efetiva.
Outro aspeto a destacar são “pequenos projetos” onde trabalham a palavra, “na forma da leitura orante, apaixonada pela Palavra, pelo encontro e pela oração com Jesus Cristo” e também trabalham “pela família”, concluiu Maria Isabel de Oliveira.
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