Porto: 70 candidatos ao Diaconado Permanente

Conselho Presbiteral da Diocese fala no surgimento de novas oportundidades e desafios

A Diocese do Porto tem mais de 70 candidatos em processo de “discernimento e formação” para o diaconado permanente, estando prevista para 8 de Dezembro próximo a ordenação de um primeiro grupo de 17 diáconos e cerca de 30 no ano seguinte.

Uma nova realidade que mereceu particular atenção na última reunião do Conselho Presbiteral da Diocese, em final de mandato trienal.

Segundo comunicado enviado à Agência ECCLESIA, “é preciso preparar a melhor integração dos novos Diáconos no exercício do ministério pastoral e na vida das comunidades cristãs”.

“O impacto desta novidade reflectir-se-á de forma inelutável em toda a orgânica ministerial da Igreja Portucalense”, pode ler-se.

“Se, para os próximos anos, se prevê a ordenação de cerca de 70 candidatos, teremos efectivamente uma situação nova que vai obrigar a hábitos novos a todos os níveis. Novos espaços e oportunidades de comunhão, partilha e coordenação vão surgir”, acrescenta o documento.

O diaconado permanente, restaurado pelo Concílio Vaticano II há mais de 40 anos, é o primeiro grau do sacramento da Ordem, a que podem aceder homens casados (depois de terem completado 35 anos de idade), ao contrário do que acontece com o sacerdócio.

Os diáconos distinguem-se, segundo a doutrina da Igreja, pela “dedicação às obras de caridade e de assistência” e na animação de comunidades ou sectores da vida eclesial, presidindo também à celebração de alguns sacramentos.

Em Julho de 2007, D. Manuel Clemente enviou uma com a carta aos párocos da Diocese do Porto, convidando-os a apresentar candidatos e apontando os critérios a ter em conta na escolha dos mesmos.

Neste momento, há 14 diáconos diáconos permanentes, um número em crescimento e que, segundo o Conselho Presbiteral da Diocese, deve levar a mudar uma visão “na perspectiva da sua utilidade e por referência aos presbíteros cuja escassez, de algum modo, poderão compensar”.

“Há que superar essa perspectiva redutora e entender e acolher os diáconos na perspectiva sacramental, como sinais sacramentais vivos de Cristo Servo”, refere o comunicado.

Nesse sentido, os padres do Porto admitem que em relação aos diáconos permanentes “persistem, de parte a parte, inquietações que se relacionam sobretudo com a afirmação da sua identidade ministerial, radicada no Sacramento, e na necessidade de estabelecer em bases seguras um salutar relacionamento com os presbíteros e com as comunidades”.

Também foi objecto de debate o propósito de edificar o Seminário Redemptoris Mater do Caminho Neocatecumenal em espaços actualmente do Seminário do Bom Pastor (diocesano).

“O respeito pela distinção das instituições e a conveniência de acautelar a diferença dos carismas sugere a procura, em diálogo aberto, de outras soluções igualmente viáveis”, indica o Conselho Presbiteral da Diocese do Porto.

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Agência ECCLESIA

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