Portimão: D. Rui Valério destacou «projetos humanistas e civilizacionais» da Força Aérea Portuguesa

Administrador apostólico da Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança presidiu ao Dia da Força Aérea Portuguesa, que assinalou 72 anos da instituição

Foro Força Aérea Portuguesa, Dia da FAP

Portimão, 07 jul 2024 (Ecclesia) – O administrador Apostólico das Forças Armadas e Forças de Segurança presidiu à Missa que assinalou o Dia da Força Aérea, sublinhando que participa na construção de um “futuro melhor”, com “projetos humanistas e civilizacionais pensando sempre no bem comum”.

“A Força Aérea, como tal, representa a coroação do concurso de muitos e variados carismas, mas também se projeta como fonte de novos horizontes, laboratório de experiências e mui eficientes processos para a estruturação de um futuro melhor e, assim, criar condições para fazer cumprir Portugal, com projetos humanistas e civilizacionais pensando sempre no bem comum”, afirmou D. Rui Valério.

O Dia da Força Aérea Portuguesa (FAP) foi assinalado este sábado com uma cerimónia militar e um concerto e, este domingo, com uma Eucaristia, que assinaou também os 72 anos da instituição.

Para o administrador apostólico das Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança, a Força Aérea representa um “manancial de heroísmo e bravura, pela sua laboriosa epopeia ao serviço de Portugal, oferece forças de superação e critérios de abordagem existencial”.

“Os frutos da sua atuação e o significado da gloriosa história que tem construído, ao longo dos seus setenta e dois anos, excedem em muito os limites da jurisdição do Ramo das Forças Armadas”, afirmou

A Força Aérea tem uma identidade que encarna os mais elevados valores e a mais acutilante grandeza de espiritualidade. A capacidade, intrínseca à sua missão, de gerar forças com relevância civilizacional e de conquistar fluxos construtivos de vidas sãs e moralmente impolutas, não advém apenas da qualidade dos seus meios, ou da eficácia das suas estratégias, mas brota daquela alma, daquele carisma e daquele espírito que os pioneiros acalentaram nos seus sonhos e planos, e que transmitiram ao grande projeto da Força Aérea”.

D. Rui Valério fez memória de todos os que trabalharam na FAP e disse que estar em contacto “com a sua missão e com a sua identidade, e particularmente com os que nela servem” cria proximidade a “uma autêntica página do Evangelho feito história”, uma vez que refere “o superior nível do serviço, da dedicação, da liberdade, do gosto pelo Infinito, por este Céu sem fronteira”.

“O levantar voo das suas aeronaves expressa esse desejo de todo o ser humano de ir sempre mais além; o fascino do céu testemunha a sede de infinito que habita o coração de todos nós”, indicou.

Dirigindo-se aos “irmãos da Força Aérea”, D. Rui Valério disse que os profissionais do ramo das Forças Armadas se encontram “na privilegiada condição de falar aos homens do encanto do Alto”, sublinhando que o céu “exerce a força gravitacional do homem”.

“E vós sóis testemunhos autorizados desta elementar verdade: embora privados de asas no dorso do nosso corpo, somos habitados por uma alma que clama pelo céu”, sustentou.

O administrador apostólico da Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança acrescentou que quem olha “a partir do alto” é também “um privilégio imparável”, porque permite “olhar a partir do ponto de vista da eternidade”

“É esta perspetiva que anima todos os profissionais da Força Aérea e, como tal, agem e decidem não condicionados pelas contingências da temporalidade, nem dos limites da historicidade, mas sob o impulso e a inspiração do Infinito”, apontou.

D. Rui Valério referiu ainda que celebrar a FAP “é acolher essa aptidão para enfrentar os incontornáveis desafios do presente”, nomeadamente “da Inteligência artificial, à crise da imigração”, da “cultura cada vez mais caracterizada pela bipolaridade, aos problemas ecológicos”, “do aumento global da pobreza ao desprezo pela dignidade humana”.

“Na senda da história de setenta e dois anos, continuemos, pois, a servir, a recriar, a apontar com esperança horizontes de vida e na fé e confiança a apontar para o Céu como meta dos nossos desígnios e sonhos”, concluiu D. Rui Valério.

PR

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Agência ECCLESIA

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