Portalegre esquecido pelo poder central

«É necessário deixar querelas caseiras e, em conjunto, unirmos esforços» – pede Elicídio Bilé

O distrito de Portalegre “sempre foi esquecido pelo poder central, em termos do seu desenvolvimento de forma sustentada”. Para inverter esta situação e, considerando que “temos cada vez menos força política, em termos de representatividade nos órgãos do Estado, é necessário deixar querelas caseiras e, em conjunto, unirmos esforços no sentido de chamar a atenção para o não aproveitamento das potencialidades endógenas e do capital humano e intelectual das nossas gentes” – sublinha Elicídio Bilé, Presidente da Caritas de Portalegre-Castelo Branco

Num texto intitulado «Portalegre – Desenvolvimento adiado?», Elicídio Bilé escreve que Caritas Diocesana de Portalegre – Castelo Branco, manifesta “preocupação e está atenta à situação gerada pelos diversos despedimentos que se têm verificado na nossa Região e que culminaram com o encerramento da Empresa DELPHI em Ponte de Sor”.

Na linha das preocupações, este dirigente salienta também outros casos que deixaram os trabalhadores no desemprego: “encerraram as indústrias tradicionais que foram a base da economia local ao longo do último século – a Indústria de Lanifícios e a Indústria Corticeira. Também, a manufactura de tapeçarias de Portalegre, que fez história aquém e além fronteiras, entrou em fase de declínio. Outras Indústrias, que se instalaram no Distrito mais recentemente, também encerraram – a JOHNSON CONTROLS, em Portalegre, que deixou no desemprego cerca de 225 trabalhadores, a SUBERCENTRO em Ponte Sor com 136 e agora a DELPHI, também em Ponte de Sor que, até 31 de Dezembro, acrescenta a este número de desempregados mais 436 trabalhadores”.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top