Portalegre: Catedral reabre portas com património renovado, para «tocar o coração» dos visitantes (c/fotos)

D. Antonino Dias, bispo da diocese, diz que a Sé é uma «lição» de catequese

Agência ECCLESIA/LFS

Portalegre, 17 mar 2023 (Ecclesia) – A Sé de Portalegre reabriu esta quinta-feira ao público, depois de dois anos e meio em obras de requalificação, tendo o bispo diocesano sublinhado que o espaço é “uma autêntica lição catequética” que quer falar ao “coração” dos visitantes.

“Toda esta catedral é catequética e os painéis e retábulos maneiristas são autênticas lições de catequese”, disse D. Antonino Dias à Agência ECCLESIA.

O projeto de reabilitação da Catedral de Portalegre teve como principal objetivo a devolução da integridade material, histórica, artística e cultural ao conjunto catedralício, incidindo com especial relevância sobre o seu património móvel e integrado (retabulística, pintura, imaginária, mobiliário, azulejaria, pintura mural, ourivesaria e metais), previamente identificado, recenseado e inventariado.

“Quem entra na Sé de Portalegre fica admirado e sensibilizado porque este património toca no coração de crentes e não crentes”, acentuou o bispo local.

A intervenção seguiu os “princípios consignados” e alicerçados na salvaguarda, integridade e na “originalidade do património”.

O bispo de Portalegre-Castelo Branco realçou que a fachada principal da Catedral “estava muito feia”, mas com as obras “ganhou outra dignidade”, tal como as obras de arte que estão no interior.

A Sé de Portalegre, cuja construção se iniciou em 1556, após a elevação a cidade e da criação do bispado, também em meados do século XVI, é um edifício de traça maneirista, que reúne e conserva o “maior conjunto retabular da época existente em Portugal, no qual trabalharam alguns dos mais reputados entalhadores, escultores e pintores da época”, sublinha o padre Francisco Valente, diretor da Comissão dos Bens Culturais da Diocese de Portalegre-Castelo Branco

cónego Bonifácio Bernardo Foto: Agência ECCLESIA/LFS

O espaço exterior “foi renovado e todo o granito foi limpo, as janelas reconstruídas porque estavam muito degradadas e o ferro forjado foi tratado”, explicou, por sua vez, o cónego Bonifácio Bernardo, deão do cabido catedralício.

Com a reabilitação deste monumento, o responsável espera que a cidade “possa atrair mais visitantes” e que as pessoas, ao entrarem na Sé de Portalegre, se possam “sentir bem e, ao contemplarem as pinturas e esculturas, consigam captar as mensagens transmitidas”.

O património desta cidade do Alto Alentejo “é riquíssimo” e a sua catedral pode considerar-se um “museu aberto”, porque “todas as capelas são emolduradas por retábulos, pinturas e imaginária”.

O interior da Sé de Portalegre é “um convite à reflexão e um enriquecimento extraordinário” para quem a visita.

A reabilitação da Sé de Portalegre está integrada no projeto ‘Rota das Catedrais’.

“A diocese e os diocesanos estão orgulhosos na reabilitação da Sé de Portalegre”, concluiu o cónego Bonifácio Bernardo.

LFS/OC

Reabertura da Sé de Portalegre

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