D. José Ornelas presidiu à celebração, na Sé de Portalegre, convidando diocese a acolher novo bispo «como dom de Deus»

Portalegre, 16 nov 2025 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) presidiu hoje à ordenação episcopal de D. Pedro Fernandes, novo bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, destacando que foi escolhido depois de um processo de consulta.
“D. Pedro, que hoje é colocado à frente desta Igreja de Portalegre-Castelo Branco, não vem por iniciativa própria nem por simples eleição, mas por chamamento de Deus através de um processo de consulta a leigos, padres e bispos, que se concluiu com a nomeação do Santo Padre, o Papa Leão XIV”, afirmou D. José Ornelas, na homilia da Missa que decorreu na Sé de Portalegre, lotada.
D. Pedro Fernandes, religioso espiritano, foi nomeado como bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco pelo Papa Leão XIV, a 7 de outubro, sucedendo a D. Antonino Dias que renunciou por motivos de idade.
A ordenação episcopal teve como co-ordenantes D. Antonino Dias (bispo emérito de Portalegre-Castelo Branco) e D. Teodoro Tavares (Bispo da Diocese de Ponta de Pedras – Brasil), missionário espiritano.
O presidente da CEP e bispo de Leiria-Fátima indicou que o “processo de escuta, de reflexão e discernimento”, que resultou na nomeação de D. Pedro Fernandes e envolveu “toda a Igreja nas diferentes funções e serviços que a compõem”, exprime o desejo de que o ministério, que agora começa, seja iniciado “num modo sinodal”.
Na homilia, em que apresentou o novo bispo como “um dom fundamental e precioso de Deus para a Igreja, D. José Ornelas referiu que “a nomeação pelo Santo Padre não é uma simples submissão à autoridade suprema da Igreja”.
“É, antes de mais, a livre aceitação de um chamamento de Deus e de um serviço para o bem do seu povo”, assinalou.
D. José Ornelas agradeceu o convite para presidir à ordenação episcopal, expressando “o gosto de partilhar” com D. Pedro Fernandes e com os bispos da Igreja em Portugal e no mundo “a alegria, o labor, o esforço e a esperança do serviço” que realizam juntos.
“Seja bem-vindo a este colégio de Irmãos na Conferência Episcopal. Na nossa oração, diálogo e busca de caminhos, imploramos sempre a presença do Espírito que hoje desce sobre si para o seu ministério, mas também nos esforçamos por escutarmo–nos uns aos outros e por escutar a Igreja para não caminharmos em vão, como diz o apóstolo Paulo”, expressou.
Dirigindo-se à diocese de Portalegre-Castelo Branco, o bispo convidou todos a agradecer pelo ministério de D. Antonino Dias, que durante 17 anos esteve ao serviço da diocese, “com dedicação, espírito fraterno e missão”.
“Depois, acolhei o vosso novo bispo como dom de Deus. Colaborai com ele, que continua a presença de Jesus como pastor nesta sua Igreja. Permanecei unidos a ele, para que toda a Igreja que formais possa viver unida e tenha credibilidade para anunciar o Evangelho do Senhor, que é o Evangelho de Reconciliação”, pediu.
A liturgia da ordenação inclui a imposição das mãos e a unção da cabeça dos eleitos, a entrega do livro dos Evangelhos e das insígnias episcopais – o anel, a mitra e o báculo.
O novo bispo da Diocese de Portalegre-Castelo nasceu a 22 de junho de 1969 em Lisboa; frequentou o primeiro ano de Teologia na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, e em 1988, ingressou na comunidade de estudantes Espiritanos do Restelo, em Lisboa, onde prosseguiu os seus estudos enquanto desenvolvia trabalho pastoral.
D. Pedro Fernandes, de 56 anos de idade, era até agora presidente do Conselho de Administração da Associação de Apoio Social ‘Anima Una’ (Braga).
O lema episcopal do novo bispo é ‘Um só coração, uma só alma’ (Cor Unum et Anima Una) dos missionários do Espírito Santo, uma frase do livro bíblico dos Atos dos Apóstolos (4, 32b), e descreve “a comunidade cristã primitiva”.
A Diocese de Portalegre-Castelo Branco tem 161 paróquias, distribuídas por cinco regiões (arciprestado de Abrantes 33 paróquias, de Castelo Branco 44, Ponte de Sor 27, Portalegre 22 e Sertã 35), contando com o trabalho pastoral de padres diocesanos e religiosos, religiosas, diáconos permanentes, três institutos seculares, associações, movimentos de leigos e 39 misericórdias.
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