«A Pastoral Juvenil tem de ir ter com as pessoas, como aconteceu agora», afirma Vanessa Alves
Abrantes, 19 fev 2022 (Ecclesia) – A Diocese de Portalegre-Castelo Branco está acolher a peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude durante este mês de fevereiro com “muita emoção”, deixando-se interpelar pelo desafio de “sair das igrejas”.
“A Pastoral Juvenil tem de sair das igrejas, tem de ir ter com as pessoas, como aconteceu agora: os símbolos foram ter com as pessoas e a Pastoral Juvenil tem de ser vista desta forma”, disse Vanessa Alves à Agência ECCLESIA.
A responsável da comunicação do Comité Organizador Diocesano (COD) de Portalegre-Castelo Branco disse que os sacerdotes “têm percebido” a urgência de ir ao encontro da juventude e espera “que, no futuro, ainda seja mais evidente a preocupação com os jovens”.
A Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora são os símbolos da Jornada Mundial da Juventude que, nos meses que antecedem cada JMJ, percorrem as dioceses do país que a organiza; após terem estado no Algarve, Beja e Évora, estão neste mês de fevereiro na Diocese de Portalegre-Castelo Branco.
Para D. Antonino Dias, bispo diocesano, o percurso dos símbolos “tem sido motivador”, há um “entusiasmo grande” nos locais por onde passam e as jornadas “motivam as pessoas”, a partir do “trabalho de base dos padres e dos catequistas, que colaboram muito”.
“Todos estão a fazer com que isto vá para a frente e sensibilize não só os jovens, mas a próprias famílias e os adultos”, afirmou.
O bispo de Portalegre-Castelo Branco referiu-se à “preocupação” pela evangelização da juventude, que “não agustia”, mas “estimula e motiva” no percurso de preparação para a JMJ Lisboa 2023.
A acompanhar a peregrinação dos símbolos em toda a Diocese de Portalegre-Castelo Branco, a irmã Fernanda Luz, define a experiência destes dias com as palavras “surpresa, gratidão e desafio”.
“Em sítios onde não imaginávamos que aparecessem jovens, eles apareceram. As pessoas estavam à espera da carrinha nas encruzilhadas das ruas, atiravam flores e rezavam”, afirmou a diretora do Secretariado da Pastoral da Juventude e também, com o padre João Maria, responsável do Comité Organizador Diocesano (COD),
Para a irmã Fernanda Luz, a peregrinação dos símbolos tem sido possível pelo envolvimento de muitas pessoas, nomeadamente muitos jovens, e é um desafio porque corresponde ao “acender de uma pequena vela” que é necessário não deixar apagar.
A reportagem da Agência ECCLESIA acompanhou a peregrinação dos símbolos nas escolas de Abrantes, vivida como uma “oportunidade única”, após longos confinamentos provocados pela pandemia.
Para o diretor do Agrupamento de Escolas Nº2 de Abrantes, Alcino Hermínio, a presença dos símbolos da JMJ correspondeu a um “certo renascer” e inscreve-se na “grande tradição de abertura ao meio” que marca o ambiente escolar. Joana Branco considera a presença dos símbolos da JMJ Escola secundária Manuel Fernandes “um dia único”, valoriza a “muita participação dos alunos” numa comunidade “aberta a este tipo de atividades” e sublionha que a jornada da juventude é um “encontro para todos”. Sara Guita, da Escola Dr. Solano de Abreu, em Abrantes, refere-se a “uma experiência muito intensa”, que faz sentido pessoalmente e ganha muito valor pelo facto de estar na “presença dos símbolos que percorrem o mundo todo”. Justina Bastos, professora de Educação Moral e Religiosa Católica na Escola Manuel Fernandes, valorizou a disponibilidade dos alunos para “fazer festa” e para motivar a comunidade escolar para receber os símbolos da JMJ, um tema que passa também pela disciplina de EMRC e faz com que os alunos estejam “muito mais motivados e preparados para a caminhada que se segue e para estar naquele grande momento com o Papa Francisco”. |
Para André Silva, chefe do Agrupamento 172 de Abrantes, a peregrinação dos símbolos resulta de “um trabalho que se faz em conjunto”, “não é um trabalho solitário”, antes “ganha muito na riqueza” de colaborações diferentes “para o mesmo fim”.
Manuel Jorge Valamatos, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, expressou o orgulho por ver “uma praça cheia de jovens” de “forma alegre, sentida, com fé e com esperança”, e referiu-se à JMJ como um “evento mundial de grande relevância” que o município “esta a acompanhar através da ação do paróquias”.
O padre Carlos Almeida, pároco de Alferrarede e Sardoal, manifestou a surpresa pela participação da população nas iniciativas da peregrinação dos símbolos, como aconteceu com uma celebração no parque de estacionamento de um supermercado, e valorizou a integração desta peregrinação nas tradições locais, que levou à realização de uma Procissão dos Fogaréus, que marca a Semana Santa no Sardoal, com a Cruz Peregrina da JMJ
HM/PR