Portalegre-Castelo Branco: Diocese recebeu lista com nome de dois sacerdotes já falecidos (atualizada)

D. Antonino Dias escreve em comunicado que diocese teve conhecimento «de um alegado abuso por parte de um leigo», ocorrido «numa instituição da Igreja diocesana», e esclarece que «os respetivos procedimentos estão em curso»

Jornada Diocesana da Juventude (Arquivo)
Foto: Diocese de Portalegre-Castelo Branco

Castelo Branco, 09 mar 2023 (Ecclesia) – A Diocese de Portalegre-Castelo Branco disse hoje que a lista entregue pela Comissão Independente (CI) para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica identificava dois sacerdotes locais, falecidos no século XX.

“Os dois já faleceram. Um, na década de 60, outro na década de 80, e não em 2008, como há dias, por lapso, informei a SIC”, refere D. Antonino Dias, bispo diocesano, em nota publicada online.

O responsável sublinha que os mesmos nomes tinham sido “informados aquando da consulta aos arquivos, em 29 de dezembro de 2022”.

O esclarecimento surge na sequência da entrega de uma lista, pela CI, aos responsáveis católicos de Portugal, no último dia 3 de março, com nomes de alegados abusadores, referidos nos testemunhos recolhidos pelo relatório final desta comissão, apresentado publicamente no dia 13 de fevereiro, no qual validou 512 testemunhos, apontando a um número mínimo de 4815 vítimas, entre 1950 e 2022.

No relatório da CI foram registados cinco casos de abuso sexual ocorridos no território de Portalegre-Castelo Branco.

“Na visita do Grupo de Investigação aos nossos Arquivos Diocesanos, em 29 de dezembro de 2022, viemos a saber que os alegados abusos, praticados por membros do clero, terão ocorrido entre 1958 e 1981 em situações e circunstâncias diferentes. Em três dos casos não era referido o nome dos abusadores. Nos outros dois casos, sim”, refere o comunicado.

“Se a identidade de alguma alegada vítima vier a ser conhecida”, acrescenta o texto, a diocese vai “agir em conformidade”.

A diocese sublinha que “tudo fará para que os abusos de menores e pessoas vulneráveis nunca venham a ter lugar, adotando a tolerância zero”.

D. Antonino Dias afirma, a este respeito, que recentemente foi comunicado “um alegado abuso por parte de um leigo”, ocorrido “numa instituição da Igreja diocesana”, esclarecendo que “os respetivos procedimentos estão em curso”.

O Vaticano disponibiliza desde 2020 um “vade-mécum” para ajudar os bispos e responsáveis de institutos religiosos no tratamento de denúncias de abusos sexuais de menores.

LS/OC
notícia atualizada às 16h38

Especial: 15 pontos para entender como a Igreja trata casos de abusos sexuais

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Agência ECCLESIA

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